Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.
Publicado em 18 de março de 2021 às 05:12
- Atualizado há 10 meses
Que a escola mudou e mudará bastante a curto e longo prazo, ninguém tem dúvidas. Ainda vivendo um cenário de pandemia, fica difícil definir essas exatas mudanças agora, mas seguimos com uma única certeza: a de que o ambiente escolar não acaba, ele é vivo e apenas se reinventa. A covid-19 colocou alunos e professores em casa, o que acabou, no fim das contas, por reforçar a importância da escola nas rotinas deles, de suas famílias e na formação dos nossos cidadãos. Não são só os pais que sentem falta da escola e das aulas presenciais – por diversos motivos, inclusive –, mas os alunos sentem falta do afeto. Porque educação também é afeto.
As mudanças drásticas e constantes impuseram um novo ensino, com maiores investimentos em tecnologia e na formação dos professores. Mas estão longe de extinguir a escola, que nunca foi tão valorizada e pautada quanto agora. A rotina escolar é fundamental para o desenvolvimento da criança e do jovem aluno, que passaram a ter maiores responsabilidade e autonomia na própria aprendizagem, nesse formato remoto de ensino.
No último dia 15 de março, em que celebramos o Dia da Escola e data escolhida para início do ano letivo das escolas estaduais, entendemos a vontade dos alunos de voltarem à rotina como eles conhecem há anos, mesmo cientes de que ainda não é o momento adequado, em função de tantas incertezas. Tanto alunos quanto pais enxergam – talvez até mais, hoje – que a escola vai bem além da educação formal, de ensinar a ler, multiplicar e somar. Ela é estímulo e palco da socialização e ensina, de forma natural e pedagógica, normas e regras fundamentais para o desenvolvimento dos alunos como seres humanos.
Essa percepção ampla do que é a escola é cada vez mais notada por alunos e pais, e chegam ao corpo técnico do Colégio Marízia Maior, por exemplo, através de relatos cheios de emoção em ligações e mensagens à nossa equipe. Imagino que outras escolas tenham o mesmo sentimento, o de que o ambiente escolar faz falta na vida das crianças, dos jovens e dos adolescentes. Eles, assim como nós que estamos à frente das instituições de ensino, sejam elas públicas ou privadas, estamos fazendo dessa experiência atual toda um momento de aprendizagem. Sem dúvida, o que vivemos agora será assunto por anos, nas mais diversas disciplinas e abordagens de ensino.
Porque a escola é atual, ela vive o hoje. Ela sempre se adaptou, naturalmente ou por imposição de cenários globais ou locais. E vai continuar se adaptando, questionando seus próprios modelos. Porque o mundo gira e a escola gira junto.
Carlos Maior é diretor administrativo do Colégio Marízia Maior, em Stella Maris.