A lenta recuperação do turismo

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  • Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 05:11

- Atualizado há um ano

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O índice de atividades turísticas na Bahia cresceu 33,7% em setembro, deste ano, em relação a agosto, a maior variação positiva do país nesta base comparativa, conforme  Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.  O turismo foi o setor que mais sofreu na pandemia por causa do isolamento e das restrições de mobilidade, mas com a reabertura dos destinos e seguindo os protocolos de biossegurança, o setor gradualmente volta a crescer.

Há o que comemorar, afinal  a retomada dos voos para a Bahia, embora gradual, vem acontecendo e a expectativa é a de que as companhias aéreas cheguem ao final do ano operando com um número de voos mais próximo da normalidade.

A taxa de crescimento da atividade turística na Bahia foi muito superior a nacional, que ficou em apenas 11,5% na comparação com agosto, evidenciando que o Estado tem potencial para virar o jogo e voltar a liderar o turismo nacional junto ao estado do Rio de Janeiro. 

Mas muito ainda precisa ser feito e o apoio do poder público ao setor neste momento é fundamental. Portanto, o pacote de medidas para estimular o turismo no país, lançado pelo Ministério do Turismo, é muito bem-vindo. Chamado de Retomada do Turismo, o conjunto de ações tem iniciativas organizadas em quatro eixos: preservação de empresas e empregos no setor de turismo; melhoria da estrutura e da qualificação de destinos; implantação dos protocolos de biossegurança; e promoção e incentivo às viagens.

É preciso, no entanto, que esse programa não fique apenas no papel. Nesse momento as empresas do turismo enfrentam enorme dificuldade para ter acesso a linhas de crédito, indispensáveis  para  preservar empregos. Mas há perspectivas. O novo programa do Governo Federal prevê iniciativas compartilhadas entre setores público e privado, terceiro setor e Sistema S, entre elas o incentivo à adoção do selo Turismo Responsável e aos demais protocolos contra a covid-19 pelos prestadores de serviços turísticos, visitantes e comunidades receptoras, bem como a difusão de informações sobre linhas de crédito pelo Fundo Geral do Turismo (Fungetur).

Esperamos que essas medidas possam ajudar o setor a ultrapassar esse período tão difícil, afinal as empresas precisam de apoio já que a pandemia persiste, paira a possibilidade de uma segunda onda e a vacina ainda não tem data prevista para aplicação. Com isso, eventos fundamentais, como o Carnaval, correm o risco de ser adiados e o turismo de negócios ainda não foi reativado. Assim, o poder público, nas esferas estadual e municipal, necessita dar atenção especial ao turismo baiano.

Carlos de Souza Andrade é  presidente da Fecomércio-BA