A permanente reinvenção da jovem senhora

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  • Horacio Hastenreiter Filho

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A  universidade, enquanto instituição moderna, já é milenar. A Faculdade de Medicina da Bahia, primeira do Brasil, é mais que ducentenária. Depreende-se, então, que seja natural que a Escola de Administração da Ufba (Eaufba), ao chegar agora aos seus 60 anos, seja objeto de reflexões que deem conta, simultaneamente, tanto de apontar escolhas entre as amplas possibilidades abertas aos que usufruem da juventude, quanto de sustentar o seu passado, valorizando conquistas já auferidas e valendo-se das experiências e da admiração acumuladas.

A história das primeiras seis décadas da Eaufba foi escrita pelos seus mais de 10 mil alunos egressos, pelos seus professores e técnicos, e por uma extensa rede de parceiros, agentes de extrema relevância para a excelência de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Como resultado do desempenho da instituição, as organizações públicas e privadas, principalmente da Bahia, mas também de diversas outras regiões do país, puderam contar com gestores e líderes com elevado nível de formação e com professores qualificados formados em seus cursos de pós-graduação. 

Os resultados obtidos com a pesquisa acadêmica realizada ao longo desses anos contribuíram ativamente para o repensar e readequação das funções de gestão e a produção tecnológica associada ao desenvolvimento de ferramentas teve papel relevante no aperfeiçoamento da gestão empresarial, pública e social.   O momento atual, no entanto, pelos mais diversos motivos, demanda um repensar da trajetória da Eaufba. A ubiquidade da informação, as novas gerações de alunos, agora pertencentes ao grupo de nativos digitais, o cenário da educação no país e as novas ferramentas de tecnologia da  informação exigem que a inovação esteja introjetada na agenda de ensino. Manter-se como instituição contemporânea e relevante nesse cenário é um desafio permanente que, para ser atingido, requer compromisso com uma vasta agenda, na qual estão incluídas: 

I) Reformulação acadêmica capaz de balancear teoria e prática, estimulando a criação de contexto para a aplicação do conhecimento, mas sem sucumbir à tentação de posicionar a teoria abaixo do altar a que faz jus, como sustentáculo do ensino-aprendizagem;

II) Reforço das organizações e atividades estudantis que fortalecem o aprendizado e a formação profissional, como diretórios acadêmicos, Empresa Jr., Liga de Mercado Financeiro, incubadora, entre outras;

III) Percepção do estudante contemporâneo da Eaufba em sua plenitude, incluindo anseios, possibilidades, limitações e fatores mobilizadores, o que requer uma atenção voltada às individualidades sem prejuízo da visão coletiva;

IV) Compreensão do século XXI e de suas enormes transformações que estão por vir e dos seus impactos na vida organizacional, social e profissional nas próximas décadas.

Não parece e nem será fácil. Tudo que é desafiador, entretanto, é também possível fonte de motivação e de prazer. Quando nós, que fazemos a Eaufba de hoje, contemplamos o futuro queremos, tão somente, compartilhar a recompensa justa auferida pelos seus pioneiros, professores, técnicos e alunos que fizeram a sua história até aqui: sensação de dever cumprido e orgulho.

Muito orgulho! Horacio Nelson Hastenreiter Filho é professor associado e diretor da Escola de Administração da Ufba