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Paulo Leandro
Publicado em 26 de maio de 2021 às 05:01
- Atualizado há um ano
O Vitória terá a partir desta sexta-feira – Epa Babá! –, dia 28, a companhia de cinco campeões brasileiros na disputa do acesso deste ano: Guarani, Coritiba, Botafogo, Vasco e Cruzeiro fazem da competição a mais animada de toda a história de Pindorama pós-Cabral.
O primeiro passo, para quem quer fazer boa campanha, e isto vale desde liga de botão a Copa do Mundo, é estudar a tabela a fim de planejar o investimento da energia na hora H e no dia D, como vaticinara o homem da vacina.
A posse do mapa da mina será mais estratégica, em razão dos desfalques por covid, sinalizando a importância de um grande plantel, a fim de evitar repetir proezas, como acostumar-se a cair na primeira fase do minicampeonato baianão.
Nossa estreia será contra o Bugre, lá dentro, e vale a pena jogar fechadinho, comemorando um ponto na largada, para depois tentar vencer o Náutico, campeão de Pernambuco, com Kieza no comando, e o Operário do Paraná, no Barradão.
Este ano, o aspecto “casa” está relativizado porque não há torcida, substância capaz de dar vida ao mando de campo, substituindo-se a aglomeração por aquele som mecânico, pintando clima mal-assombrado no louvor ao deus leão.
O cuidado com a psiquê vai contar muito, pois longas viagens, além de cansaço, produzem ansiedade, por conta do risco de contágio, como ocorre na visita a Belém, onde nos aguarda o Remo de professor Aleksey Turenko: “Atletas azulinos somos nós…”
Em pele de cordeiro, pode um lobo esconder-se, como o Vitória vai experimentar, ao receber o Brusque, em perspectiva de três pontos, embora não se deva menosprezar o brioso quadro catarinense.
Parada dura mesmo será o Coritiba, lá, e fazer bate-volta para receber o Londrina, quando seria racional, em contexto de pandemia, o Vitória ficar no Paraná para fazer este jogo seguido, ou convencer o Coxa a visitar Salvador agora, na ida, retribuindo a fidalguia no returno.
Prudente seria a CBF programar jogos seguidos, em casa, e viagens a cidades mais próximas umas das outras, mas qual nada, prevalece efeito sanfona para negar a pandemia: o Vitória pega o Botafogo, fora; retorna, para receber o Goiás, e visita o Confiança, ali em Aracajives.
De uma sequência assim, se conseguir sete pontos nestes três jogos, o Vitória pegaria embalo para vencer o Sampaio, no Barradão, e enfrentar mais de 3 mil quilômetros até Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde tentaria ao menos um pontinho contra o Brasil.
Ponte Preta, a identitária Macaca (gênero e etnia), em Salvador; CSA, em Maceió; Avaí e Vasco, de novo, na primeira capital; Cruzeiro, em BH; CRB, no Barradão; e por último, Vila Nova, fora, eis a reta final do Leão no turno de ida da Série B.
Nos cálculos do matemático Oswald de Souza (os de 50 anos pra cima vão lembrar), o Vitória contará 26 pontos nestes jogos de ida, enquanto a bela rubro-negra Polyana Moça, ao consultar o Oráculo do Baixo Saboeiro, crava fácil, fácil, 43 pontos em campanha invicta.
Ambos os apostadores coincidem em nove jogos; vitórias em casa sobre Operário, Brusque, Londrina, Avaí e CRB, mais empates fora com Remo, Botafogo, Brasil e CSA, restando, por ora, chamar nosso bravo chefe de torcida, Júlio César: alea jacta este - A sorte está lançada!
Paulo Leandro é jornalista e professor doutor em Cultura e Sociedade.