A Ufba do jeito que o Brasil precisa!

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  • D
  • Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2019 às 05:43

- Atualizado há um ano

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Esta Semana, ao ser divulgado o ranking inglês Times Higher Education (THE) sobre as melhores jovens universidades do mundo, soubemos que a Ufba ocupa o grandioso 4º lugar entre as brasileiras, ficando atrás de três universidades localizadas nos estados do sul e do sudeste do país (Unicamp, UFSC e PUC-RS). Entre as melhores do mundo, ela se posiciona entre as 200 primeiras.

A Universidade Federal da Bahia, durante a sua existência, já formou mais de cem mil estudantes em nível de graduação. Dentre os renomados nomes de seus quadros destacam-se: Milton Santos, Gil e Caetano, Mãe Stella, Edivaldo Brito, Nizan Guanaes, Fredie Didier, Naomar Almeida, Aliomar Baleeiro, João Ubaldo Ribeiro e Roberto Santos. Esta mesma universidade descobriu o zika vírus e faz milhares de atendimentos hospitalares por ano. Por outro lado, foi essa mesma universidade que, recentemente, presenciou um contingenciamento de gastos que compromete seu funcionamento normal e de investimentos em pesquisa.

O ranking Times Higher Education utiliza 13 indicadores de avaliação tais como ensino, pesquisa e transferência de conhecimento ao posicionar as universidades ao redor do mundo. O bom posicionamento da Ufba, em um momento histórico como o atual, em que se questiona a própria existência da universidade pública brasileira, serve para nos perguntarmos sobre que sociedade livre, justa e igualitária pretendemos construir sem que, antes, a preocupação do país seja o investimento em educação.

Esta sociedade igualitária, um dos objetivos fundamentais de nossa República, insculpidos no art. 3º da Constituição de 1988, como uma espécie de farol que deveria guiar a sociedade que idealizamos, não se constrói sem uma educação de qualidade e inclusiva.

Este bom posicionamento da Ufba  no principal ranking mundial de universidades nos dá muitas lições, uma vez que serve para posicionar o Brasil, tão deficitário em Educação, em uma posição de destaque, como também serve para posicionar o Nordeste brasileiro, que, junto com a Universidade Federal do Ceará, tem demonstrado que a educação de qualidade transforma realidades sociais e minimiza as mazelas que assolam o país. Mesmo com recursos escassos, essas duas universidades federais se destacaram no mencionado ranking das melhores do mundo, ao lado da UnB.

Quando analisamos esses dados olhando para a Bahia, diga-se de passagem, eles servem, também, para diminuir o estigma racista de que nós baianos somos preguiçosos. Esquecem que, ao fazer festa o ano todo, não deixamos de cumprir com os nossos deveres. Como diz Caetano na canção Terra, é que “A Bahia tem um jeito...”

Sim, é deste jeito que o Brasil precisa: educação-universitária-pública de excelência. Diego Pereira se formou em Direito na UFBA, Mestre em Direitos Humanos e Cidadania pela UnB, Professor em Curso de Direito, é autor do livro Vidas interrompidas pelo mar de lama (Lumen Júris 2018). É Procurador Federal (AGU),