Acelen mantém preço da gasolina na refinaria baiana

Essa foi a primeira vez que a empresa que administra a antiga RLAM foi confrontada com um movimento de preço da Petrobras, que diminuiu preço

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  • Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 19:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho (CORREIO)

Ainda não foi desta vez que os baianos sentiram no bolso uma redução no preço da gasolina comum anunciada pela Petrobras. A Acelen, empresa ligada ao fundo árabe Mubadala, que comprou da estatal brasileira a Refinaria de Mataripe (antiga Landulpho Alves, RLAM) manteve os mesmos preços cobrados até ontem. Com isso, o valor nas bombas dos postos de combustíveis de Salvador se manteve o mesmo, R$ 6,59 em média, segundo o aplicativo Preço da Hora. A unidade de refino fica localizada em São Francisco do Conde e fornece combustível para postos de toda a Bahia. O preço cobrado nos postos é resultado dos custos do combustível na refinaria, da operação e da margem do lucro das distribuidoras e dos postos, e de impostos. Por não fazer parte da Petrobras, a Acelen é independente para definir seus próprios preços. Ontem, a estatal brasileira reduziu pela primeira vez desde junho o valor do litro de gasolina em suas refinarias, em cerca de R$ 0,10 (3%). Também foi a primeira vez que a petroleira fez uma movimentação de preços desde que unidade baiana passou a ser 100% operada pela Acelen, em 1º de dezembro.   Em Sergipe, segundo o g1, os postos repassaram integralmente aos consumidores os R$ 0,10 de redução efetivada pela Petrobras e o litro passou a custar entre R$ 6,50 e R$ 6,55 em Aracaju. Já no Rio Grande do Sul, a gasolina saiu a R$ 6,58 o litro em Caxias do Sul, R$ 0,20 a menos que na terça. De acordo com o site GZH, essa redução é fruto tanto da movimentação da Petrobras quanto de uma promoção do posto.

Ainda na noite da terça, e Acelen respondeu, em nota à imprensa: “A política comercial da Acelen é de ser competitiva, amparada em critérios técnicos e transparentes. Observamos as oscilações naturais do mercado, permitindo aos nossos clientes terem visibilidade e previsibilidade dos preços”.

Segundo o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindicombustíveis, que representa os postos), a Acelen ainda não possui modelo de precificação, mas deve seguir os preços praticados no  mercado internacional de petróleo.   O  secretário-executivo da entidade,  Marcelo Travassos, admitiu que  os consumidores baianos dependem da política de preços da Acelen, mas que essa situação pode mudar se as distribuidoras da Bahia passarem a importar combustíveis caso essa operação seja economicamente mais viável.

Relembre: o preço da gasolina teve alta de 74% em 2021

Até o momento, em 2021, a Petrobras realizou 15 reajustes no preço da gasolina, sendo 11 aumentos e quatro reduções. No total, o valor do combustível vendido nas refinarias teve crescimento de 74%. Já o diesel teve 12 reajustes, sendo nove aumentos e três reduções que totalizaram um crescimento no preço de 65%. O último reajuste aconteceu no dia 26 de outubro e levou a gasolina a custa R$ 3,19 e o diesel R$ 3,34. 

Neste mês, em Salvador, os preços do produto chegaram aos R$ 7,09 para o tipo comum, sendo que na segunda-feira (25), o item custava, em média, R$5,99. O etanol comum, por sua vez, foi vendido por mais de R$ 6 e o diesel alcançava o mesmo patamar. Já a gasolina aditivada era encontrada por R$7,39 em alguns postos. De acordo com o aplicativo Preço da Hora, na tarde desta quarta (15), a gasolina comum com o menor preço estava saindo por R$ 6,42 em um posto no bairro Água de Meninos. A aditivada, por sua vez, estava saindo por R$ 6,53 em Águas Claras. Com o maior preço, o tipo comum era vendido por R$ 7,09 em Pirajá e a aditivada por R$ 7,89 em Patamares.  

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro