Adesão à paralisação de professores da rede municipal é inferior a 15%

Estimativa é da Secretaria Municipal da Educação

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  • Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2018 às 12:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marina Silva/ARQUIVO CORREIO

Balanço divulgado pela Secretaria Municipal da Educação (Smed), nesta quinta-feira (12), aponta que 86% das escolas da rede municipal não aderiram à greve organizada pelo sindicato dos professores (APLB). A orientação da pasta é para que as escolas funcionem normalmente.

O movimento dos professores começou na quarta-feira (11). A categoria pede, entre outros 10 itens, reajuste salarial de 12,4% e aumento no auxílio-alimentação de 19%. O sindicato informou que terá um panorama da adesão no final da tarde de hoje. 

A pouca mobilização entre as unidades escolares demonstra, para o secretário Bruno Barral, titular da Educação (Smed), o compromisso dos professores com os 142 mil estudantes matriculados nas 431 escolas da rede. 

Em nota, a secretaria pontuou que "entende o movimento de greve como precipitado, uma vez que a negociação está em andamento" - foram realizadas esta semana uma rodada de negociação na noite de terça-feira (9) e um novo encontro na noite de quarta, mas sem avanços.

O secretário destacou ainda que há proposta de aumento real para a categoria (de 2,5%) e que a valorização dos professores é uma política implementada desde o início da primeira gestão de ACM Neto. Como exemplo, cita o aumento registrado na média salarial da categoria, que passou de R$ 4.826,71 para R$ 6.431,13 - representando um incremento de 33,24%.

Corte no ponto O pefeito ACM Neto, na manhã desta quinta-feira (12), classificou como política e partidária a paralisação dos professores da rede municipal conduzida pela APLB, sindicato controlado por siglas de oposição à atual gestão. O prefeito afirmou que vai cortar, já na folha de julho, o salário de quem não trabalhar.

"É um movimento político, sem nenhuma razoabilidade. Colocamos na mesa a proposta de 2,5% para os servidores da educação, o que assegura um ganho efetivo para a classe acumulado aos 2,5% do ano passado. Não tem motivo para a greve existir. É uma greve política e assim será tratada pela Prefeitura. Quem não for trabalhar terá o ponto cortado. Determinei que a folha fosse fechada dia 20 e, dessa forma, que não comparecer ao trabalho terá o salário cortado já em julho. Faço apelo para que os professores que aderiram ao movimento voltem às escolas", disse ACM Neto, durante assinatura da ordem de serviço para requalificação da Lagoa dos Pássaros, no Stiep.