Agerba lança licitação emergencial para que BTM seja substituída em definitivo

Ônibus da empresa não circulam há dois dias

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  • Da Redação

Publicado em 15 de março de 2022 às 18:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: Paula Fróes/GOVBA)

Sem circular pelo segundo dia consecutivo, os ônibus da empresa Bahia Transporte Metropolitano (BTM), que atende as cidades de Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari, podem ser substituídos definitivamente. A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) informou que lançará uma licitação emergencial para substituição definitiva da empresa. 

“Essa licitação possui alguns trâmites internos, mas é concluída num menor período de tempo. Assim que for divulgado o resultado, a nova empresa vencedora poderá assumir a operação”, confirmou o órgão por meio de nota. 

Desde a manhã de segunda (14), outras empresas integrantes do sistema estão dando apoio nas linhas operadas pela BTM até que a situação seja normalizada. Segundo a Agerba, essas empresas disponibilizam veículos reserva, para não impactar a operação das demais linhas. 

Leia também: Sem combustível, ônibus deixam de circular na Região Metropolitana   A BTM vem enfrentando dificuldades financeiras em decorrência da pandemia e a consequente redução do número de passageiros, e também da alta do diesel. Além dos problemas financeiros para abastecer os ônibus, a empresa precisa lidar com outra pendência para voltar a operar normalmente: os atrasos de pagamentos dos rodoviários empregados por ela. 

De acordo com Walter Ferreira, presidente do Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana (Sindimetro), as dívidas com os trabalhadores são diversas. “Existem atrasos de salários, os tickets alimentação foram pagos sábado após manifestação do sindicato, fundo de garantia em atraso e INSS também. Fora isso, muitos rodoviários  estão com férias vencidas, sendo alguns com quatro férias acumuladas. Uma situação terrível para os trabalhadores aqui”, contou o presidente.   Apesar disso, não foram essas pendências que tiraram os carros da rua. Com os rodoviários presentes na empresa,  os ônibus só não saíram por conta do desabastecimento de combustível. O proprietário da empresa BTM foi procurado pela reportagem para responder sobre a não circulação dos ônibus e as dívidas trabalhistas, mas não atendeu ligações ou respondeu mensagens.