Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Alegria contida: celebração de Terno de Reis tem menor público visto por fiéis

Limitação do número de pessoas foi determinada pela Igreja para evitar aglomerações

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 15:11

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Quem está acostumado com a festa, a celebração e as roupas típicas que abrilhantam a celebração de Terno de Reis, teve que se contentar com um cenário muito diferente este ano. A pandemia mudou tudo. Nesta quarta-feira (6), a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Lapinha manteve a alvorada às 6h e missas às 8h e às 18h, mas sem a realização do desfile tradicional para evitar aglomerações.

O dia festivo não fez multidões circularem pela Lapinha, bairro que sempre vê sua rotina mudar e suas ruas encherem todo dia 6 de janeiro, quando 500 a 600 fiéis comparecem para celebrar. Não houve aglomeração do lado de fora e muito menos dentro da igreja. A quantidade de fiéis foi limitada a pouco mais de 50 presentes, que precisaram agendar a participação com antecedência através de ligação ou visita à secretaria da paróquia. Fiéis sentaram em bancos com distanciamento (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Tradição diferente, valor mantido Quem se programou para ligar e marcar presença, reafirmou a importância de celebrar a visita dos reis magos ao recém-nascido Jesus Cristo. Foi o caso de Edinéia Santos, 42 anos, que saiu de Vista Alegre para participar da comunhão. "Para mim, é fundamental chegar aqui e celebrar a visita dos reis magos, que consolidou a nossa crença de que Jesus veio não só para o povo judeu e sim para todas as nações. Participar disso é muito especial", disse a autônoma.

Como ela falou, o Terno de Reis celebra justamente a universalidade da bênção de Cristo e o zelo dele por todos os seres do planeta. Para a também autônoma Ângela Gomes, 58, isso ganha ainda mais peso em um contexto de pandemia em que o mundo precisa de socorro. "Em um momento tão complicado e que a gente reza e clama tanto, relembrar que o nosso senhor Jesus cuida não só de um ou de outro, mas de todos reaviva nossa fé, nos dá ânimo e esperança para seguir mesmo com tudo tão difícil", afirmou. Missa seguiu protocolos contra o avanço do coronavírus (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Celebração fora do comum A Paróquia de Nossa Senhora da Lapinha não era nem de longe o que foi em outros anos de celebração. Com distanciamento social nos bancos e o número reduzido de fiéis, a missa das 8h nunca viu público menor que o de hoje. É isso que confirma a aposentada Vera Lúcia da Silva, 67, moradora da Lapinha e frequentadora da celebração há anos. "Em dias comuns, dos últimos anos, seria difícil até entrar na Igreja do tanto de gente que vem para cá. E não é só a paróquia. A Lapinha como um todo fica muito movimentada, está muito diferente", declarou Vera.

Quem corroborou com a fala de Vera Lúcia foi Soraia de Jesus, 40, que trabalhou como voluntária na paróquia e fez a aferição de temperatura dos fiéis na entrada. "Realmente, não há comparação com o que era a celebração de Terno de Reis no dia 6. Isso aqui ficava repleto de gente, na parte de fora e de dentro da paróquia. Tudo isso precisou ser adaptado para que a cerimônia continuasse acontecendo sem colocar em risco vidas de quem vem. Agora, é esperar que aquela festa toda volte no ano que vem com todos vacinados e protegidos", confirmou. Soraia (à direita) afirma que nunca presensenciou um Terno de Reis com um número tão baixo de pessoas (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Caráter especial O padre Romildo Pires, que celebrou a missa, realça que, apesar da diferença para os anos anteriores e a necessidade de protocolos, o Terno de Reis ganhou um caráter especial. "Na pandemia, que já dura tanto tempo, as pessoas ficaram ainda mais necessitadas de afeto, carinho e saber que alguém olha por elas. Na celebração, em que festejamos os reis magos e falamos de um Cristo que zela por todas as nações, as pessoas encontram isso", declarou.

O padre também comentou sobre as alterações que precisaram ser feitas. "Infelizmente, deixamos de realizar o desfile, tivemos que limitar o número de pessoas através de marcação e também da orientação que permanecessem duas pessoas de diferentes famílias por banco com distanciamento social. Fizemos aferição, distribuímos álcool o tempo inteiro. Tudo para manter nossos fiéis seguros".

*Com orientação de Monique Lôbo