Alerta: só três times escaparam do rebaixamento tendo pior defesa

Bahia já foi vazado 48 vezes neste Brasileirão

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2020 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira / EC Bahia

Quando o desempenho dentro de campo não dá expectativas positivas, a calculadora torna-se companheira fiel. E no caso do Bahia, nem os números projetam um futuro otimista. A pior defesa do Brasileirão, com 48 gols sofridos, é um mau sinal. O histórico das outras edições na era dos pontos corridos mostra que, de 2003 a 2019, apenas três times que tiveram esse mesmo status se livraram do rebaixamento.

Em 2017, o feito foi protagonizado pelo Vitória. Naquele ano o Leão acabou a 38ª rodada com 58 gols sofridos e conseguiu terminar na 16ª posição. Escapou do Z4 por um gol de saldo em relação ao Coritiba, que caiu para a Série B.

Antes do rubro-negro, o Palmeiras, em 2014, ficou em 16º lugar tendo sofrido 59 gols. E a outra situação é a mais recente. Aconteceu com o Goiás no ano passado, quando o esmeraldino terminou a Série A na primeira parte da tabela, na 10ª colocação, com 52 pontos, mesmo sofrendo 64 gols.

Na primeira edição em pontos corridos, em 2003, o Bahia também teve a defesa mais vazada e terminou o ano rebaixado na última posição - na época eram 24 clubes. Foram incríveis 92 gols contra o Esquadrão em 46 rodadas, uma média de dois por jogo. A média tricolor atualmente é de 1,7 gol sofrido por partida.

Se o recorte for feito até a 27ª rodada, ou seja, à mesma altura da atual competição, os times que tinham a defesa mais vazada também caíram, em sua maioria. Um deles foi o Vitória, que em 2018 tinha tomado os mesmos 48 gols que o Bahia sofreu em 2020 até então.

As exceções foram o Paraná em 2004, o Athetico-PR em 2005 e o Palmeiras em 2014. Os três escaparam do rebaixamento ao fim do ano.

Uma semana livre O Bahia volta a jogar no dia 6 de janeiro, contra o Grêmio. O técnico Dado Cavalcanti terá uma semana para fazer o time evoluir defensivamente.

Para isso, o treinador afirmou, durante sua entrevista de apresentação, que “enxerga o jogo de forma sistêmica” e que busca “melhorar a condição da relação entre os setores” para minimizar as falhas. Ele repetiu o tom após a derrota para o Internacional por 2x1, domingo, na Fonte Nova, em sua estreia. Na ocasião, o time falhou muito na marcação, o que resultou nos gols sofridos e também na atuação destacada do goleiro Douglas, que evitou goleada.

Até o jogo contra o Grêmio, Dado terá tempo para escolher o substituto de Juninho na zaga, suspenso. Também será forçado a mexer na lateral esquerda, pois Juninho Capixaba está emprestado pelos gremistas.

Anderson Martins aparece como opção mais provável na zaga, mas a tendência é que Lucas Fonseca estenda o contrato até fevereiro. Na lateral, Zeca ou Matheus Bahia.