Animado, Walter garante foco total no Ba-Vi: 'Jogo diferenciado'

Atacante deve estrear com a camisa do Vitória no clássico contra o Bahia, neste sábado (13), pela Copa do Nordeste

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  • Da Redação

Publicado em 11 de março de 2021 às 18:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Letícia Martins/EC Vitória

O primeiro Ba-Vi do ano terá um momento especial para o torcedor rubro-negro. Principal contratação do Vitória na temporada 2021, o atacante Walter deve fazer sua estreia durante o duelo contra o Bahia, pela Copa do Nordeste. Apresentado nesta qunta-feira (11), ele não escondeu a animação pela chance de entrar em campo no clássico.

"É um jogo diferenciado, sempre falo. É um campeonato à parte. Eu, graças a Deus, já joguei muitos jogos assim, como Grêmio x Internacional, Athletico x Coritiba, Remo x Paysandu, já estou acostumado. Sem dúvida, é um jogo diferente. Estou bem focado. Se o professor optar por me levar para o jogo, estou bem concentrado, bem treinado, que isso é o mais importante, e estou muito bem", comentou.

O jogador, de 31 anos, tem passagem pelas categorias de base do rubro-negro, mas saiu antes de chegar a atuar no profissional. Agora, chega para ocupar a lacuna deixada por Léo Ceará - que, na temporada passada, foi o vice-artilheiro da Série B, quando marcou 16 gols para o Vitória em 33 jogos. Mas, ao fim do contrato com o Leão, partiu rumo ao futebol japonês. 

Walter, porém, já avisa que não é o mesmo goleador. Na temporada 2020, participou de 21 jogos e balançou as redes apenas uma vez. Antes, ele ficou dois anos impedido de jogar, por ter sido flagrado no exame antidopi"Faz seis meses que voltei a jogar. É muito recente. Graças a Deus, peguei o ritmo de jogo, de treino. Mas Léo [Ceará] é um atacante nato, um artilheiro. Eu não sou esse artilheiro, não sou esse matador. Vou tentar ajudar da melhor forma, fazendo gol, dando passe para meus companheiros. Léo tem dois anos seguidos fazendo gol, um baita de um atacante. Espero fazer 50% do que ele fez no Vitória", comentou.Ele também explicou sobre o estilo que gosta de jogar. "Não sou um atacante parado, nunca fui. Sou um atacante que gosta de se mexer bastante, gosta de armar para os atacantes de beirada. O meia que joga comigo precisa entender para trazer minha posição, gosto bastante de armar jogada, não sou muito de fazer gol. Gosto de fazer gol, lógico, mas penso que, primeiramente, o time precisa vencer. Não importa quem faça o gol".

Em 2018, quando defendia o CSA, Walter foi pego no doping por uso de sibutramina, substância usada para emagrecer. A briga com a balança, aliás, é um problema de longa data do jogador. Ao longo desta semana, ele fez uma rotina especial para ganhar condicionamento físico e perder peso. E garantiu que está pronto para estrear."Sei que eu preciso me cobrar. Aqui, o grupo cobra sobre isso. O presidente [do Vitória, Paulo Carneiro] tem uma cobrança muito grande, eu estou me cobrando muito. Graças a Deus, fiquei esses dias treinando, perdi bastante peso. Sim, hoje, me sinto pronto para jogar em qualquer posição, de 10, de 9. Quando o professor precisar de mim, estarei lá para ajudar", disse.Em agosto do ano passado, retornou aos gramados, com a camisa do Athletico-PR, mas na condição de reserva. Só fez três jogos como titular do Furacão. Agora, ele quer 'dar a volta por cima' e explica que esse é um dos motivos pelo qual escolheu o Vitória.

"Como eu cheguei no Athletico-PR, queria dar um pulo na minha carreira. Graças a Deus, consegui, porque fiquei dois anos sem jogar futebol, e o Athletico-PR me abriu as portas. Tive, sim, outras propostas, mas tenho uma amizade muito boa com nosso presidente [Paulo Carneiro], pai e filho. Tenho um carinho muito grande por ele, ele me ajudou muito no Athletico-PR. Ele conversou comigo e falei: 'aceito, sim'. E o Vitória é um time grande, que tem que dar a volta por cima, igual ao Walter. Penso que tanto o Walter quanto o Vitória vão dar a volta por cima esse ano".

Walter ainda aproveitou para mandar um recado aos rubro-negros. "Queria agradecer o carinho da torcida, de verdade. Esperem muita luta, muita vontade de vencer. Eu cheguei aqui no Vitória com 15 anos. Eu sentava na arquibancada e imaginava jogar para essa torcida. Graças a Deus, chegou esse momento. Pena estar sem torcedores, mas certeza que estarão em casa olhando", comentou.

"Será marcante para mim, depois de 16 anos, vestir a camisa do Vitória e estar no profissional. Saí de casa com minha mãe chorando, eu chorando, era muito novo para sair de casa. Falei que ia chegar no profissional. Pena que não deu naquele momento, tive que sair. Mas hoje volto parecendo aquele menino. Sou muito grato ao presidente [Paulo Carneiro, presidente do Vitória] pelo esforço para me trazer. Sou muito grato mesmo a todos", continuou.

O Ba-Vi deste sábado (13), que pode marcar a estreia de Walter, será às 16h, no Barradão, e é válido pela 3ª rodada da Copa do Nordeste.