Após ataque ao ônibus do Bahia, Bamor é suspensa por seis meses

Medida foi tomada pelo Ministério Público após pedido da Polícia Militar

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  • Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2022 às 14:45

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

A torcida organizada Bamor, do Bahia, foi suspensa dos estádios por seis meses. A decisão partiu do Ministério Público, nesta quinta-feira (7). A medida acontece após membros do grupo terem sido identificados como autores do ataque ao ônibus do clube, no dia 24 de fevereiro, na Avenida Bonocô. 

Após o atentado, a Polícia Militar, através do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe), pediu a suspensão da Bamor por seis meses, o que foi acatado pelo Ministério Público. 

Com a suspensão, a Bamor fica impedida de entrar no estádio ou pendurar faixas e adereços. Nesta sexta-feira (8), o Bahia estreia na Série B do Campeonato Brasileiro. O time recebe o Cruzeiro, às 21h30, na Fonte Nova. 

Vale lembrar que a Bamor vinha de outra suspensão. Em janeiro, o grupo foi punido por 60 dias após invadir o centro de treinamentos do Bahia para cobrar jogadores, comissão técnica e diretoria. Na época, o clube registrou boletim de ocorrência já que o acesso da torcida ao CT não foi autorizado.

Atentado A polícia ainda investiga o ataque ao ônibus do Bahia. Na ocasião, bombas foram arremessadas contra o veículo que levava a delegação tricolor. O goleiro Danilo Fernandes foi atingido por estilhaços e sofreu cortes nas pernas, braços, pescoço e região do olho.

No mês passado, a Polícia Civil prorrogou por mais 30 dias o inquérito que apura o crime. De acordo com a delegada Francineide Moura, da 6ª Delegacia de Brotas, pelo menos nove pessoas participaram do ataque. Quatro suspeitos foram identificados. Todos fazem parte da torcida Bamor, e um deles é o presidente do grupo, Half Silva. Os suspeitos prestaram depoimento e passaram por acareação. Half alega que não participou do ataque e alega que no dia do crime ele estava em Feira de Santana acompanhando o jogo entre Bahia de Feira e Coritiba, pela Copa do Brasil.

O carro de Half foi usado no atentado. O veículo passou por perícia que comprovou a presença de resíduos de explosivos. O presidente da Bamor, no entanto, diz que o carro estava estacionado na sede da torcida e foi usado por alguém. A polícia diz ainda que os suspeitos vão responder por tentativa de homicídio.