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Presidente falou do caso só após quatro dias, isentando governo federal de culpa
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2020 às 08:35
- Atualizado há um ano
O presidente Jair Bolsonaro irá ao Amapá neste sábado, 21, a convite do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O Estado enfrenta uma crise de energia há 18 dias, com dois apagões registrados e fornecimento ainda precário de eletricidade. A previsão é a de que Bolsonaro visite Macapá, capital do Estado, no período da tarde. O caos elétrico começou no último dia 3, quando um incêndio em um transformador deixou o Estado às escuras. Um segundo apagão ocorreu no Amapá na noite de terça-feira, 17. Desta vez, porém, a falha foi no lado da distribuição de energia. Bolsonaro só falou sobre o apagão quatro dias depois da primeira ocorrência. Em vídeo nas redes sociais, ele isentou o governo federal de responsabilidade sobre o problema. No dia 9, o presidente criticou a empresa fornecedora de energia no Estado durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Nesta semana, em evento em Goiás, Bolsonaro evitou responder a perguntas sobre a situação no Estado. O Ministério de Minas e Energia avalia que a carga total do Estado seja restabelecida até o dia 26. Em entrevista nesta quinta-feira, 19, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o fornecimento deve ser ampliado já a partir deste sábado, com início da operação de unidades geradoras contratadas emergencialmente. A ida de Bolsonaro ao Amapá foi informada por Alcolumbre. Em nota, o presidente do Senado afirmou ter reforçado pedidos a Bolsonaro sobre o pagamento de auxílio emergencial às famílias atingidas pelo blecaute. O mesmo apelo foi feito ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Além do prejuízo material e financeiro aos moradores, a crise energética no Amapá obrigou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adiar o primeiro e o segundo turnos da eleição municipal em Macapá de novembro para dezembro.