Baêa popular em defesa da Ufba

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  • Paulo Leandro

Publicado em 5 de maio de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Não importa a camisa, nessa segunda (6), todo mundo é Ufba desde pequenininha e inho, no ato público programado para a Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, no Vale do Canela, às 11h, para repudiar o corte de 30% no orçamento.

Todas e todos em um só manto, o da Ufba; aprendemos que a cidadania e o futebol se complementam, não se excluem. Trata-se do óbvio e ululante que Nelson Rodrigues dizia: o Bahia vai bordar uma terceira estrela como campeão da democracia.

O Bahia vem se manifestando, por redes sociais e outras tecnologias, lado a lado com os soteroafricanos, contra a supremacia branca; pelas mulheres, por igualdade; e com os indígenas, pela demarcação.

Muito antes, teve simpatizante gay e a ilegal e polêmica ‘baconha’, malocada no enevoado cantinho do anel superior da velha Fonte. Este chamego do Bahia de ficar com o povo direto vem desde o Baianinho, o time-embrião.

O Baianinho viajava pelo Recôncavo, por aí tudo, andando de vapor de Muritiba a Jaguaripe, ida e volta em rolés pelo rio grande (Paraguaçu) e a barra da baía. Um dia, Iansã trovejou e botou pra balançar.

Não sei se cachaceiro é bem a palavra, mas quando o time novel alcançou o portinho do mercado, tomar várias era o que exigiam os corpos ainda trêmulos. Afetados pela netunofobia, os ébrios navegantes criaram o Bahia. Em terra firme!

O berço itinerante do Bahia foi o mar, a rua, o mundo, a sociedade, as povoações e cidades que seus players visitaram após a extinção – por racismo – dos times da mamãe Associação Atlética e do papai Bahiano de Tênis.

O clube nasceria Athlético Bahiano e Grêmio – o azul da Associação, o preto do Bahiano e o branco. Foi a liberdade de expressão, na primeira ‘ágora’, que mudou o projeto.

- Que tal trocar o preto por vermelho?, propôs Waldemar, eleito presidente.

Um outro sócio, já altinho, não sei se cachaceiro, curtiu a coincidência de cores com as do estado e deu o primeiro grito de ‘Bahia!’, que viria a virar “Baêa!”. O Bahia podia ter sido o primeiro sem-teto, instalado em sedes provisórias, o despejo à espreita.

O time locatário era rueiro e festejava nos bairros, no Subúrbio, nos terrenos baldios, onde desse. Alegria e títulos: seus primeiros assistentes sapateavam no madeirame da Graça e compartilhavam gritos de Carnaval, do nível Fantoches e Cruz Vermelha.

Tudo isso nós sabemos porque há pesquisa na universidade, a universidade que há quem não goste porque produz conhecimento, desde o Gênesis a maior ameaça a todo projeto de poder, que deus desterre e as ondas do mar sagrado carreguem todo mal e inveja.

Entre jornalistas formados com estudos sobre o Bahia, em trabalhos de conclusão de curso por mim orientados ou avaliados, despontam lideranças como Leandro Silva (FSBA), pesquisador do bi de 1988. Numa breve amostragem, em livre-associação, Herbem Gramacho, Miro Palma, Ivan Marques e Daniel Dórea (FTC) são os editores de Esporte dos jornais da cidade. Nelson Barros Neto impera no Bahia e tem o ex-presidente Marcelo Sant’ana.

Podemos definir a universidade por seu ‘telos’ (finalidade). Viva Aristóteles: revelamos os melhores nas categorias de base? Se sim, Zeus, o Cronida, alegra-se com a harmonia do Kosmo (Grande Ordem)!

 “Jahmais” passarão!