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Gabriel Rodrigues
Publicado em 18 de janeiro de 2020 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
O ano começa promissor para os centroavantes do Bahia, pelo menos no papel. Dos seis reforços que o tricolor já anunciou, três foram líderes de assistência em seus clubes na temporada passada.>
Entre eles, destaque para o meia Daniel, maior garçom do Fluminense em 2019, quando deu 10 passes para gols. Além disso, de acordo com dados do site Footstats, ele foi o meia que mais acertou passes no Brasileirão, uma média de 53,6 por jogo. Neste início de temporada, Daniel tem treinado como titular em uma posição em que o time teve dificuldade no ano passado.>
No ataque, os pontas não ficam atrás. Enquanto Rossi liderou as estatísticas no Vasco com cinco assistências, Clayson somou sete com a camisa do Corinthians e se destacou no quesito. >
A chegada de atletas com esse perfil não foi à toa; casa com as características e forma de jogo que o técnico Roger Machado pensa para o Esquadrão em 2020.>
“Daniel foi um dos melhores passadores do campeonato. Gregore também. Rossi e Clayson como assistentes. Para ter mais controle pela posse e conseguir gerar mais oportunidade de gol. Tivemos uma eficiência grande ano passado, com Gilberto, Fernandão, Artur e Élber, mas precisamos gerar mais oportunidades para sobrepor eficiência com número de oportunidades criadas”, explica Roger.>
Outro setor projetado em cima desse fator é a lateral esquerda. Revitalizada após a saída de Moisés, a posição ganhou dois atletas com características diferentes das do antigo titular. São jogadores considerados construtores e que propõem o jogo.>
Zeca foi o sexto lateral que mais distribuiu passes no Brasileiro 2019, com média de 51,3 por jogo. Entre os laterais, ele foi o mais eficiente, com 94% de acerto. A disputa pela vaga de titular será com Juninho Capixaba, de volta após dois anos. >
A principal preocupação do treinador neste início de trabalho é a adaptação das novas peças. “Mudamos um setor inteiro, com suplente. Temos dois laterais, um atacante novo. Será nosso desafio, o entrosamento. Juninho tem capacidade de ataque grande, Zeca também, deixam o time mais leve. Quando pressionados, podemos sair com mais destreza. Esse começo é de trabalho mais físico, mas quando se tem uma base do ano anterior facilita bastante”, diz Roger.>
Bola parada Ao mesmo tempo em que buscou ter mais atletas com capacidade de assistência, o Bahia qualificou a bola parada. Clayson, por exemplo, aparece como esperança para um fundamento que o tricolor passou por dificuldade em 2019: os escanteios.>
Dos sete passes para gol que o atacante deu no ano passado, quatro foram em jogadas de escanteio. Função comemorada por Roger.>
“Não tínhamos um exímio cobrador de escanteio. Clayson é uma bola pesada, mas com direção. Trabalhamos isso na pré-temporada, pode ser decisivo em jogo apertado. Batedores de falta no jogo, Arthur Caíke saía do banco, agora também temos Clayson. Questões importantes que trabalhamos para tornar o time competitivo e com mais qualidade”, afirma o treinador.>