Bahia aposta em líderes de assistências para ser eficiente em 2020

Rossi, Clayson e Daniel se destacaram por deixar os atacantes na cara do gol

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 18 de janeiro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Felipe Oliveira/EC Bahia

O ano começa promissor para os centroavantes do Bahia, pelo menos no papel. Dos seis reforços que o tricolor já anunciou, três foram líderes de assistência em seus clubes na temporada passada.

Entre eles, destaque para o meia Daniel, maior garçom do Fluminense em 2019, quando deu 10 passes para gols. Além disso, de acordo com dados do site Footstats, ele foi o meia que mais acertou passes no Brasileirão, uma média de 53,6 por jogo. Neste início de temporada, Daniel tem treinado como titular em uma posição em que o time teve dificuldade no ano passado.

No ataque, os pontas não ficam atrás. Enquanto Rossi liderou as estatísticas no Vasco com cinco assistências, Clayson somou sete com a camisa do Corinthians e se destacou no quesito. 

A chegada de atletas com esse perfil não foi à toa; casa com as características e forma de jogo que o técnico Roger Machado pensa para o Esquadrão em 2020.

“Daniel foi um dos melhores passadores do campeonato. Gregore também. Rossi e Clayson como assistentes. Para ter mais controle pela posse e conseguir gerar mais oportunidade de gol. Tivemos uma eficiência grande ano passado, com Gilberto, Fernandão, Artur e Élber, mas precisamos gerar mais oportunidades para sobrepor eficiência com número de oportunidades criadas”, explica Roger.

Outro setor projetado em cima desse fator é a lateral esquerda. Revitalizada após a saída de Moisés, a posição ganhou dois atletas com características diferentes das do antigo titular. São jogadores considerados construtores e que propõem o jogo.

Zeca foi o sexto lateral que mais distribuiu passes no Brasileiro 2019, com média de 51,3 por jogo. Entre os laterais, ele foi o mais eficiente, com 94% de acerto. A disputa pela vaga de titular será com Juninho Capixaba, de volta após dois anos. 

A principal preocupação do treinador neste início de trabalho é a adaptação das novas peças. “Mudamos um setor inteiro, com suplente. Temos dois laterais, um atacante novo. Será nosso desafio, o entrosamento. Juninho tem capacidade de ataque grande, Zeca também, deixam o time mais leve. Quando pressionados, podemos sair com mais destreza. Esse começo é de trabalho mais físico, mas quando se tem uma base do ano anterior facilita bastante”, diz Roger.

Bola parada Ao mesmo tempo em que buscou ter mais atletas com capacidade de assistência, o Bahia qualificou a bola parada. Clayson, por exemplo, aparece como esperança para um fundamento que o tricolor passou por dificuldade em 2019: os escanteios.

Dos sete passes para gol que o atacante deu no ano passado, quatro foram em jogadas de escanteio. Função comemorada por Roger.

“Não tínhamos um exímio cobrador de escanteio. Clayson é uma bola pesada, mas com direção. Trabalhamos isso na pré-temporada, pode ser decisivo em jogo apertado. Batedores de falta no jogo, Arthur Caíke saía do banco, agora também temos Clayson. Questões importantes que trabalhamos para tornar o time competitivo e com mais qualidade”, afirma o treinador.