Bahia Farm Show quer chegar a R$ 2 bilhões em negócios e bater novo recorde

Feira agropecuária será realizada entre os dias 28 de maio e 1º de junho

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 24 de abril de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Maior feira agrícola do Norte e Nordeste do Brasil, a 15ª edição da Bahia Farm Show foi lançada na noite desta terça-feira (23) em Luís Eduardo Magalhães, Oeste do estado, com expectativa de chegar aos R$ 2 bilhões em negócios e bater novo recorde. Programada para ser realizada entre os dias 28 de maio e 1º de junho, a feira já tem 272 expositores confirmados (72 a mais que o ano passado), do Brasil e de países como Holanda, Suécia, Israel e Estados Unidos.

Ano passado a feira alcançou a marca histórica de R$ 1,89 bilhão em negócios, mesmo após ser adiada por conta da greve dos caminhoneiros, que impactou diretamente a realização do evento na data prevista.

Até o momento, segundo a organização do evento, 85% da área total da feira (144 mil metros quadrados) já foi comercializada. Além de realizar negócios, os expositores terão a oportunidade de participar de 20 palestras e workshop sobre agronegócio.

A feira é organizada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), dentre outras entidades públicas e privadas, e tem apoio do Executivo nas três esferas de governo.

“Estamos trabalhando para garantir a todos um espaço confortável, com foco na disseminação de conhecimentos e que possibilite aproximar o público da agricultura de ponta do oeste da Bahia”, disse a coordenadora geral do evento, Rosi Cerrato.

Espaço coberto A Bahia Farm reserva, para este ano, um novo espaço coberto com 62 novos estandes, que, somados aos do galpão já existente, dobrarão o número de espaços destinados às empresas expositoras, em área coberta. A previsão dos organizadores é que o crescimento de novos expositores nesta edição seja de 45%, contra os 20% do ano passado, conforme atesta o presidente da feira, Celestino Zanella, presidente da Aiba.

“Estas adesões de novas empresas mostram a força que a marca Bahia Farm Show conquistou nestes 15 anos de existência. Certamente, uma parada obrigatória para aqueles que queiram divulgar seus produtos e prospectar clientes”, comentou.

Atuante na comercialização de sementes de soja, milho e braquiária no oeste da Bahia, a empresa Agro Trade utilizará a feira para maximizar o relacionamento com os clientes e prospectar novos negócios. “Acredito que a feira trará ótimos resultados em vendas para a nossa empresa”, disse o sócio-proprietário Gilberto Grossmann.

Há 20 anos no segmento de soluções em meteorologia e hidrologia para o setor público, a empresa Squitter vê na Bahia Farm Show a oportunidade de expandir a sua atividade para o segmento agrícola.

“Há cerca de um ano começamos a oferecer os nossos serviços de previsão do tempo para propriedades rurais como forma de garantir a melhor tomada de decisão do produtor no campo”, declarou a gerente comercial e marketing Juciléia Freitas. No oeste, as principais culturas são a soja, o algodão e o milho.

Colheitas Com relação à soja, a Aiba prevê colheita de 5 milhões de toneladas, numa área de 1,5 milhão de hectares, o que dá produtividade média de 54 sacas por hectare. Já o algodão, que teve acréscimo de 70% na área cultivada, atingindo 333 mil hectares e produção de 1,2 milhão de hectares, promete colheita recorde, estimada em mais de 1,6 milhão de toneladas de pluma.

Em março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a safra baiana de grãos (inclui cereais, leguminosas e oleaginosas) em 2019 totalizou 7.887.340 toneladas, queda de 15,4% em relação ao recorde de 2018 (9,3 toneladas).

A área a ser colhida com grãos no estado, em 2019, estimada em 3.108.085 hectares (ha) continua sendo maior (+2,5%) que a de 2018 (3.033.505 ha), embora tenha sofrido leve redução (-0,4%) em relação ao previsto em fevereiro (3.121.505 ha). Os dados sustentam, assim, uma estimativa de redução no rendimento médio, frente ao obtido em 2018, em culturas importantes no estado como a soja (-19,4%, de 3.903 kg/ha em 2018 para 3.144 kg/ha neste ano) e o algodão (-11,6%, de 4.672 kg/ha para 4.131 kg/ha).

Na Bahia, as safras com previsão de maior crescimento, em termos absolutos, permanecem as de cana-de-açúcar (+900.000 toneladas ou +19,2%), mandioca (+329.925 toneladas ou +21,6%) e milho 2ª Safra (+256.200 toneladas ou +540,5%).

Por outro lado, a soja (-1.308.000 toneladas ou -20,9%), o milho 1ª safra (-641.340 toneladas ou -32,7%) e a laranja (-42.500 toneladas ou -5,1%) lideram as previsões de queda.