Bahia inicia novo ano mirando mudanças e reação no Brasileiro

Sem clima de festa, Dado tenta implantar filosofia para manter tricolor na Série A

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 1 de janeiro de 2021 às 07:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Quando um time passa por mudança no comando técnico, é preciso dar tempo para que o novo treinador consiga transmitir as suas ideias e ajuste a equipe ao seu sistema de jogo. Nesse ponto, as festas de fim de ano foram fundamentais para o Bahia.

Diferente do que ocorre habitualmente, dezembro não foi um mês de férias para o tricolor. Por conta da pandemia do coronavírus e a paralisação do futebol, a temporada 2020 precisou ser esticada e só vai ser concluída no final de fevereiro. Por isso, nada de festa. A folga no calendário tem sido utilizada pelo Bahia para corrigir problemas.

Se no primeiro contato com os jogadores Dado Cavalcanti teve praticamente três dias para preparar a equipe que enfrentou o Internacional, agora o treinador ganhou pouco mais de uma semana para montar a equipe que tem o desafio de vencer o Grêmio, no dia seis de janeiro, em Porto Alegre. E a filosofia do novo comandante já começa a ser sentida pelos atletas.

"Está sendo uma semana muito boa. Treinador muito moderno, trabalho muito intenso. Gosta da posse de bola, pressão toda hora na bola. Temos que fazer valer isso dentro de campo. Não vai adiantar nada a gente ver que o trabalho do professor é bom, os treinos são bons, e a gente não conseguir os resultados dentro de campo. Então, temos que fazer nosso papel e conquistar os resultados o mais rápido possível para dar um conforto para a comissão e para a gente também", diz Daniel. 

A preocupação do meia em repetir no campo o que é pedido por Dado durante os treinos tem uma explicação. O fim de 2020 para o Bahia não foi nada animador. O tricolor soma seis derrotas consecutivas na Série A e está colado na zona de rebaixamento. Diante do cenário ruim, Daniel projeta que o início do novo ano traga a volta por cima que o Esquadrão precisa para se manter na primeira divisão.

"Projeto agora começar um novo ano, treinador novo, deu uma revigorada no elenco, no time. Trabalho diferente. Trabalho que gosta mais da posse de bola, muita pressão na marcação. Trabalho que o time começa 2021 diferente. Sei que vamos começar com um jogo muito difícil, no Rio Grande do Sul. Mas estamos trabalhando bastante, evoluindo o time. Então, temos deu chegar no Sul e pontuar para ir para Goiânia dar uma boa sequência no campeonato", diz ele.

"Temos que mudar dentro da gente também, nossa atitude dentro de campo, começar os jogos com mais confiança, se tomar o gol não se abater tão fácil. Sempre tem mais 70 minutos de jogo. Temos que continuar fortes. Se abaixar a cabeça, será muito pior", continua o camisa 8.

Velhas caras Um dos compromissos de Dado Cavalcanti para fazer o Bahia voltar a pontuar no Brasileirão é o de tornar o sistema defensivo mais sólido. O Esquadrão fechou o ano como a pior defesa da Série A, com 48 gols. Número superior ao dos times que estão na zona de rebaixamento. 

Na tentativa de mudanças, o Bahia pode ter o retorno de velhos conhecidos ao time titular. O zagueiro Lucas Fonseca, por exemplo, está recuperado de lesão na coxa, vem treinando normalmente na Cidade Tricolor e tem fortes chances de reaparecer contra o Grêmio. Até porque o Bahia não terá Juninho, suspenso.

Outro que pode pintar como opção depois de um longo tempo parado é o lateral João Pedro. A última vez que ele esteve em campo foi no empate com o São Paulo, em agosto, ainda no primeiro turno. João passou por cirurgia no joelho, mas já está integrado ao elenco e treinando normalmente. 

Lá na frente, não será surpresa se o próprio Daniel ganhar uma vaga junto ao colombiano Ramírez. Rodriguinho, que volta a ficar à disposição após cumprir suspensão, corre por fora.