Bahia precisa qualificar 350 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025

270 mil serão em formação continuada

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  • Do Estúdio

Publicado em 25 de maio de 2022 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: BY BRAZIL / Shutterstock

O mercado de trabalho passa por uma transformação, ocasionada principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva. Por isso, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação para que os profissionais estejam atualizados. Segundo dados do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, o país vai precisar qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais nos próximos três anos, sendo 2 milhões em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 7,6 milhões em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar.

Já a Bahia precisará qualificar 350 mil pessoas em ocupações industriais até 2025, sendo 80 mil em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 270 mil em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar. Isso significa que, da necessidade de formação nos próximos quatro anos, 77% serão em aperfeiçoamento.“É muito importante investir em qualificação profissional, principalmente pelo fato de se conseguir uma atividade mais qualificada e por estarmos falando de um mercado atual competitivo em produtividade. Quando o profissional está bem preparado para exercer a sua função, ele consegue fazer isso de uma forma muito mais adequada, sem retrabalhos. É isso que as empresas vêm buscando: qualidade nas prestações dos seus serviços, de forma produtiva, para que também possam atingir a sustentabilidade desejada”, conta Patrícia Evangelista, gerente executiva de Educação Profissional do SENAI Bahia. Patrícia Evangelista, gerente executiva de Educação Profissional do SENAI Bahia (Foto: João Alvarez/Coperphoto/Sistema FIEB). Entre as ocupações industriais que mais precisarão de formação inicial e continuada até 2025 estão: transversais, construção, metalomecânica, logística e transporte, alimentos e bebidas, têxtil e vestuário, automotiva, tecnologia da informação, eletroeletrônica e couro e calçados.

Patrícia Evangelista explica que segmentos industriais ainda encontram dificuldade para encontrar mão de obra especializada: “Muitos profissionais entram no mercado de trabalho por uma experiência prática ou prévia, mas sem o embasamento técnico necessário aliado a essa experimentação prática”. Ela ressalta ainda que, além da capacitação, é preciso ficar atento ao desenvolvimento de competências: “Nós precisamos ficar atentos às competências ligadas a estas profissões do futuro, como a capacidade de resolver problemas, de trabalhar em equipe, de resolver os desafios diários, além das técnicas tradicionais. O que é muito importante para o profissional é que, independente desta perspectiva de áreas do futuro, ele esteja conectado com as demandas do mercado e busque a formação continua, se preparando para essas oportunidades”. Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação para que os profissionais estejam atualizados (Foto: Daniel Motta) A Comdados, empresa de tecnologia da informação, acredita no investimento da qualificação técnica dos funcionários. Além dos treinamentos, há ações que buscam a certificação dos profissionais nas tecnologias e inovações que o mercado de TI demanda. O retorno está no reconhecimento dos clientes, conta Márcia Rodriguez, diretora comercial da companhia:“Cada vez mais o mercado de tecnologia traz novidades e precisamos estar antenados para divulgar a nossa expertise e colaborar com o cliente a optar pela solução mais adequada, ao menor custo possível. A inovação requer capacitação e a capacitação gera o reconhecimento do cliente”, Márcia Rodriguez, diretora comercial da Comdados.   Outra empresa da indústria que investe na qualificação profissional é a Unipar. A companhia criou um programa que promove o aperfeiçoamento contínuo das equipes de áreas como as de manutenção, produção, vendas e marketing. “Acreditamos que colaboradores bem treinados refletem diretamente nos resultados da empresa. Com isso temos uma indústria mais competitiva, integrada e preparada para atender as demandas dos nossos clientes. A Unipar é uma empresa que trabalha com pessoas e química, por isso, a empresa acredita que profissionais bem treinados são a garantia do sucesso de uma organização”, ressalta Rodrigo Cannaval, diretor executivo de operações da Unipar.Oportunidade Em seis cidades baianas, o SENAI está com inscrições abertas para o processo seletivo 2022.2. São oferecidas 4.406 vagas para cursos técnicos presenciais e semipresenciais nos municípios de Alagoinhas, Camaçari, Feira de Santana, Juazeiro, Lauro de Freitas e Salvador. Do total de vagas oferecidas, 387 são destinadas para o Programa de Bolsas de Estudo, em que os alunos podem fazer um curso técnico gratuitamente.

São 17 opções de cursos, com duração de até dois anos. Entre os cursos presenciais estão os de Automação Industrial, Eletromecânica, Eletrotécnica, Logística, Manutenção Automotiva, Mecânica, Mecânica de Precisão, Mecatrônica, Petroquímica, Qualidade, Química, Refrigeração e Climatização, Redes de Computadores e Segurança do Trabalho. Já entre as opções de cursos semipresenciais estão: Administração, Eletromecânica, Eletrotécnica, Logística e Segurança do Trabalho. As matrículas podem ser feitas até o dia 30 de junho, no site www.tecnicosenai.com.br.

O projeto Indústria Forte é uma realização do Correio com patrocínio da Unipar e Acelen, apoio institucional do Sebrae e apoio da Wilson Sons, Braskem, J.Macêdo, Larco, AJL, Jotagê e Comdados.

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