Bahia tem maior taxa de desocupados desde maio, diz IBGE

Taxa foi de 19,8% em novembro, mesmo com número de pessoas trabalhando tendo crescido

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  • Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 14:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arquivo Agência Brasil

O número de pessoas trabalhando na Bahia teve o terceiro crescimento seguido em novembro deste ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IBGE. De 5,099 milhões de pessoas na população ocupada em outubro, o número foi para 5,174 milhões em novembro. 

Com isso, a Bahia teve em novembro a maior população ocupada desde maio, quando se iniciou a Pnad Covid-19. Eram 5,125 milhões de trabalhadores no estado nessa ocasião. Nesses seis meses, o crescimento foi de 1%, com saldo positivo de mais de 50 mil trabalhadores. A taxa de desocupação foi de 19,8% no mês, também a mais alta desde maio e a terceira mais elevada do Brasil.

A busca pelo trabalho segue em tendência de alta. A taxa de desocupação considera o percentual de pessoas procurando emprego em relação às que estão empregadas. Em outubro, ela foi de 19,5%, portanto houve aumento de 0,3%. Mesmo com seu maior número desde o início da Pnad Covid-19, a Bahia caiu uma posição no ranking nacional de desocupação, ficando abaixo de Maranhão (21,7%) e Amaapá (20,9%). 

O número de pessoas que procuram trabalho e não acham ficou em 1,276 milhão no estado em novembro. Em maio, eram 851 mil pessoas. Com isso, a busca por trabalho cresceu 49,8%, com mais 424 mil pessoas nessa situação. 

O contínuo aumento no número de desocupados tem relação, mais uma vez, com a redução no número de pessoas que não estavam trabalhando, queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por causa da pandemia ou por não haver oportunidades onde viviam. 

Emprego O crescimento foi mais forte entre os empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada - chegaram a 881 mil pessoas, 6% a mais que mês passado e 31,7% a mais que maio. O grupo de empregados com carteira assinada aumentou 0,8% em relação a outubro e 6,3% em relação a maio, chegando a 1,454 milhão.

O grupo de trabalhadores por conta própria do estado se menteve estável, em 1,574 milhão, ainda abaixo de maio (1,780 milhão). Os trabalhadores auxiliares familiares teve um crescimento de 5,9%, chegando a 109 mil pessoas, maior patamar desde maio. 

A taxa de informalidade continua em tendência de alta no estado. Cresceu pelo terceiro mês seguido, chegando a 47,3%. Isso quer dizer que 2,450 milhões dos trabalhadores baianos eram informais em novembro.