Baiana luta por promoção da inclusão com trabalho que difunde a Língua Brasileira de Sinais

Empresa de Eurides Nascimento dá formação gratuita às famílias de pessoas surdas

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  • Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2021 às 18:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Foi em 2009, quando terminava a graduação em Letras, que Eurides Nascimento chegou à conclusão: queria contribuir para a disseminação da Língua Brasileira de Sinais (Libras) tanto nas escolas quanto no mercado de trabalho. 

Após quatro anos de dedicação e estudo ela criou a Libras+, empresa que promove cursos de qualificação (em especial para mulheres negras), presta consultoria para empresas e trabalha com interpretação de eventos, dos corporativos às lives musicais. 

“É direito linguístico do 'povo surdo' se comunicar em sua língua, seja na escola, no mercado de trabalho. Essas pessoas normalmente ficam à margem, então é preciso que as ações de inclusão nas mais variadas esferas sejam mais assertivas para que elas tenham uma vida independente, como qualquer outra pessoa”, explica a empresária.

Mulher negra, periférica e mãe, Eurides acumula muitos desafios, mas viu na pandemia a oportunidade de alavancar seu negócio. As equipes de trabalho passaram a ser estruturadas de acordo com as demandas, que aumentaram muito, sobretudo por causa da área artística.

O objetivo dela é ser cada vez mais sustentável em outras frentes de atuação para continuar avançando tanto na Bahia quanto em outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo a empresária, apenas 30% do público das capacitações promovidas por seu negócio são pagantes. Isso porque as famílias de pessoas surdas são isentas das taxas. Eurides ainda garante que mil pessoas foram capacitadas neste ano.

"Para manter esse ritmo, precisamos fazer a engrenagem funcionar a todo vapor atendendo empresas, instituições de ensino que já possuem ou querem implementar ações de diversidade e inclusão. Dessa forma, garantimos o crescimento do negócio, sem abrir mão das nossas ações de responsabilidade social”, disse.