Baiano esfaqueado em briga em Portugal é sepultado em Salvador

Polícia portuguesa ainda investiga a motivação do crime, mas o autor se encontra preso em Setúbal

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 25 de maio de 2019 às 17:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Evandro Veiga

O corpo do baiano Marlon Melo Sampaio foi sepultado na manhã desse sábado (25), no cemitério Bosque da Paz, numa cerimônia que reuniu muitos amigos e familiares. Na última semana, a família realizou uma mobilização nas redes sociais para arcar com as despesas do traslado do corpo para o Brasil.

Casado com uma portuguesa e residente no país europeu há cinco anos, Marlon foi morto a facadas, depois de uma discussão que teria tido como tema a religião, numa hamburgueria na cidade de Setúbal, onde morava com a esposa e uma enteada. O crime foi cometido por outro brasileiro, Christian Pimentel, que está preso. A vítima teria defendido um amigo, que discutia com Pimentel, responsável pelo estabelecimento Chapa Quente. 

Na cerimônia, uma vizinha da família, que preferiu não se identificar, contou que Marlon era uma pessoa tranquila, de bem e muito amável. “Ninguém sabe ao certo o que aconteceu porque a polícia local está investigando e não fala nada sobre o caso, mas sabemos que ele foi a essa hamburgueria pela primeira vez, levado por esse amigo”, contou, ressaltando que acredita que a tentativa de defesa terminou em fatalidade. 

O amigo de infância Manoel Messias disse que Marlon nunca foi de briga, era uma pessoa feliz e, dificilmente, ficava triste ou sério. “Ele era um cara de bem com todo mundo, um bom vivant, por isso mesmo, choca tanto que uma briga tenha lhe tirado a vida”, completa Messias, que também foi colega de trabalho de Marlon, como representante comercial. 

Pessoas próximas à vítima disseram que Marlon e o amigo chegaram à hamburgueria ainda pela manhã e que teriam bebido até o início da madrugada, quando o crime ocorreu. Marlon trabalhava como motorista e se mudou para Portugal depois de conhecer a atual esposa. Enquanto esteve na Bahia, atuou como representante comercial e chegou a trabalhar com o pai, no comércio alimentício. O casal não tinha filhos em comum.