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Da Redação
Publicado em 18 de março de 2020 às 20:25
- Atualizado há 2 anos
O panelaço contra ou a favor do presidente Jair Bolsonaro, convocado via redes sociais, teve forte adesão em Salvador. Por volta das 20h desta quarta-feira (18), as pessoas começaram a gritar e bater panela em diversos pontos da cidade.>
Foi possível ouvir barulhos e xingamentos ao presidente em bairros como Rio Vermelho, Pituba, Barra, Graça, Itaigara, Imbuí, Stiep, Costa Azul e Cabula VI. No Vale do Canela, os carros que passavam sinalizaram apoio ao movimento com buzinas.>
A insatisfação com Jair Bolsonaro aumentou nos últimos dias em função das declarações e ações do presidente em relação à pandemia de contaminação por coronavírus.>
Moradora do Candeal, a estudante Marina Araújo, 17, enfeitou toda a varanda para a manifestação. Com pisca-pisca vermelho, faixa com inscrição ‘Fora, Bolsonaro’ e panelas, ela e a mãe participaram.>
“Aqui começou com bastante cedo, umas 19h e foi até umas 20h40. Teve muitas luzes acendendo e apagando. Ouvimos um barulho parecendo de uma banda completa, com sinfonia e tudo, num condomínio. Consegui ouvir bastante gritos de racista e fascista”, relatou ela, que é militante do Movimento Pela Juventude (MPJ), que participa do ato pedindo atenção do governo para a educação.>
Por volta das 22h, após os protestos, o presidente Jair Bolsonaro publicou em seu Twitter a seguinte frase: “Nunca abandonarei o povo brasileiro, para o qual devo lealdade absoluta! Boa noite a todos!”. Janela de Marina Araújo no Candeal (Foto: Leitor CORREIO) Apoio Mais tarde, às 21h, apoiadores do presidente começaram um panelaço em prol dele, como forma de demonstrar apoio e fazer frente às criticas que Bolsonaro tem recebido. Em fortes redutos bolsonaristas, como setores da classe alta de Brasília e São Paulo, o panelaço a favor superou o contrário ao presidente.>
No entanto, ele foi ‘invadido’ em alguns bairros de São Paulo por manifestantes contrários, que também gritavam ‘Fora, Bolsonaro’. Ao contrário dos atos a favor do presidente, que começaram às 20 horas e se estenderam até por volta das 20h45 com momentos de silêncio, as manifestações a favor duraram em muitos bairros paulistas até dez minutos.>
O ‘panelaço pró’ foi citado por Bolsonaro durante a entrevista coletiva com o ministério, ontem. >
Espontâneo Algumas cidades do país chegaram a registrar panelaços ainda na noite de terça-feira. Bolsonaro classificou o panelaço contra o governo como um movimento “espontâneo” e uma “expressão da democracia”. Lembrou, no entanto, que também haveria manifestação a favor do governo. “Qualquer movimento por parte da população, eu encaro como expressão da democracia”, afirmou o presidente, quando questionado sobre os protestos. “Nós, políticos, devemos entender como uma pura manifestação da democracia”, completou.>
Os panelaços viraram uma marca de apoiadores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Agora foram retomados contra Bolsonaro e se juntam ao pedido de impeachment registrado pelo deputado distrital Leandro Grass (Rede), na terça-feira (17), e encaminhado para a Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados.>
O processo acusa Bolsonaro de crime de responsabilidade e cita, dentre outras acusações, o envolvimento da família Bolsonaro com milícias do Rio de Janeiro, a convocação feita pelo presidente para protestos contra o Congresso Nacional e os desrespeitos as medidas de segurança imposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS). >
Fortaleza Em Fortaleza, os bairros Meireles, Aldeota, Cocó, Fátima, Varjota e Benfica já registram panelaço contra o presidente Jair Bolsonaro. >
Bairro Cocó:>
Bairro Varjota:>
Bairro Meireles:>