Banco Mundial aprova Abraham Weintraub como diretor-executivo até outubro

Ex-ministro da Educação é alvo de dois inquéritos no Brasil. Ele representará grupo de nove países

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  • Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2020 às 23:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Valter Campanato/ABr

Apesar das manifestações em contrário da associação de funcionários, o Banco Mundial informou na noite desta quinta-feira (30) que o ex-ministro da Educação do Brasil, Abraham Weintraub, foi aprovado como diretor-executivo do conselho da instituição.

Alvo de dois inquéritos no país – que apuram suposto racismo contra chineses e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) –, Weintraub deixou o MEC em junho, em meio a uma série de polêmicas, e foi indicado para o Banco Mundial pelo governo de Jair Bolsonaro.

A indicação, contudo, precisava ser confirmada pelos demais integrantes do conselho do qual Weintraub será diretor-executivo. O banco tem sede em Washington (EUA).

"O Banco Mundial confirma que o sr. Abraham Weintraub foi eleito pelo grupo de países (conhecido como constituency) representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco", informou o banco.

"O sr. Weintraub deve assumir seu cargo na primeira semana de agosto e cumprirá o atual mandato que termina em 31 de outubro de 2020, quando a posição será novamente aberta para eleição. Diretores Executivos não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas", acrescentou a instituição.

No mês passado, a associação de funcionários do Banco Mundial enviou uma carta aberta ao Comitê de Ética da instituição pedindo a suspensão da indicação de Weintraub por conta das declarações preconceituosas do ex-ministro contra chineses e sobre minorias. Weintraub nega ter cometido racismo. As informações são do G1.