Base governista enfrenta impasse sobre coligações para deputado estadual e federal

por Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Após o imbróglio que se formou em torno da definição da chapa majoritária, o  governador Rui Costa (PT) tenta combater, agora, um princípio de incêndio na base por conta das coligações proporcionais. A mais recente reunião do conselho político, na última segunda, terminou sem consenso entre os líderes da base. Enquanto um grupo de partidos, liderado pelo PSD, defende a formação de uma única chapa para deputado estadual e federal, algumas legendas querem independência. O único que ganhou autorização foi o PCdoB, que deve sair sozinho para deputado estadual, por já ter “jurisprudência” das  três últimas eleições. O caso do PDT, que quer ter chapa independente para a Câmara, não foi definido. Também  ficou em aberto o pleito do Avante e do PRP, que não querem integrar o chapão para federal.

Bancada maior As agremiações que reivindicam a independência acreditam que, sozinhos, conseguem eleger mais deputados do que se integrarem o chapão com todas siglas da base.

Radar A nomeação de 60 advogados em cargos de comissão da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Juazeiro, na última quarta, tem provocado inquietação entre juristas do estado. A preocupação deles é que a entidade que representa a classe esteja se transformando em cabide de emprego, especialmente para jovens advogados, em ano eleitoral. As eleições para a presidência da ordem acontecem em novembro. Em um dos casos, uma profissional foi nomeada em duas comissões na cidade. Ao todo, argumentam, são cerca de 1.200 cargos em comissão na OAB na Bahia num universo em torno de 25 mil votantes.

Entre amigos A empresa MVU Empreendimentos, que tem entre os sócios um político do PCdoB, ganhou um contrato de R$ 2,3 milhões com o governo do estado para a realização de um projeto denominado “Bahia Descobre a Bahia”, que será executado em quatro cidades. O sócio da empresa é Marco Antonio Lessa dos Santos, que foi candidato a vereador de Ilhéus em 2016 e ficou na suplência. Ele também disputou o mesmo cargo em 2008 pelo PCdoB. Não há informações sobre o objetivo da ação.

Mais uma A Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Encruzilhada, Edelio Luis Dias Santos (MDB), a devolver R$ 3,5 milhões aos cofres públicos e suspendeu os direitos políticos dele por dez anos. A condenação, por improbidade administrativa, ocorreu por desvios de recursos oriundos de convênios com a União. Em 2015, pelo mesmo motivo, ele foi condenado a devolver R$ 2,5 milhões ao erário.

Denúncia aceita O prefeito de Santa Brígida, Carlos Clériston Santana Gomes (PT), se tornou réu em uma ação penal ajuizada pelo Ministério Público estadual (MP) por fraudes em licitações e desvios de recursos. A denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça (TJ), que, contudo, negou o pedido do MP para que o prefeito fosse afastado do cargo. 

Pílula Seca - Mais duas cidades da Bahia tiveram a situação de emergência reconhecida pela União em função da estiagem. Canudos, no Nordeste baiano, e Remanso, no Norte, estão entre os mais de 180 municípios do estado com a situação certificada pelo governo federal. Com isso, elas podem receber recursos emergenciais."Juazeiro não pode ser tratada como periferia de Petrolina e a Bahia não é menos dona do Rio São Francisco do que Pernambuco. Parece piada, mas até limite territorial a Prefeitura de Juazeiro estava fazendo a Bahia perder", José Carlos Aleluia, deputado federal, do DEM, ao comemorar a retirada de uma placa que fazia o território pernambucano avançar sobre o baiano. Ela colocava a divisa entre  Bahia e Pernambuco  na orla de Juazeiro