Bellintani critica Bahia e fala em mancha na carreira em caso de queda

Apesar de classificar derrota como vergonhosa, dirigente diz que acredita em permanência

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  • Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2021 às 14:52

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Em meio à crise que o Bahia vive no Campeonato Brasileiro, o presidente tricolor, Guilherme Bellintani, se manifestou sobre a situação da equipe. Após a derrota para o Sport, por 2x0, neste domingo (24), na Ilha do Retiro, o cartola classificou a atuação do Esquadrão como vergonhosa e sem alma.

"O que aconteceu hoje aqui em Recife foi uma vergonha, um sentimento nosso que é de pura decepção. Sabemos das dificuldades tivemos a partir dos erros que cometemos na montagem do elenco, mas estou muito longe de achar que o que vimos no segundo tempo foi a deficiência técnica do time. O que a gente viu foi um adversário que lutou muito mais tendo jogado quinta-feira de noite em São Paulo, viajado na sexta-feira, e mostrado realmente no segundo tempo como um time deve fazer se quer sair da zona de rebaixamento. Nosso adversário mostrou isso. Nós não fomos capazes de mostrar", disse Bellintani.

"Mais uma vez, o nosso time se olha e vê um time absolutamente apático. Que é o que o torcedor também analisa. Eu não estou falando aqui de deficiência técnica e de erros na montagem do elenco, isso eu já falei demais. Estou falando, basicamente, como torcedor, e como torcedor olho e vejo, como torcedor interpreta um time que precisa sair da posição difícil que está, e faz um segundo tempo sem brio, sem vontade, sem alma. Parecendo que está jogando uma partida qualquer. E era uma das partidas mais importantes do ano", continuou.

Com a derrota para o Sport, o Bahia estacionou nos 32 pontos e voltou para a zona de rebaixamento. No pronunciamento, Bellintani destacou que uma eventual queda para a Série B não provocaria danos apenas ao clube, mas também aos atletas.

“O que temos que fazer, naturalmente, é entender como mexer com cada um para os sete jogos que faltam. Entender o que está na alma de cada um, no espírito de cada um, porque o time sofre o que está sofrendo, o clube sofre o que está sofrendo, o impacto não é só no futuro do Bahia. Cada atleta desse tem impacto na carreira. Cada atleta que colabora e faz parte de um projeto malsucedido no Brasileiro leva isso para a vida inteira. Isso que tenho que mostrar para cada um deles, isso que a gente precisa, de forma muito escancarada, colocar para cada atleta que veste a camisa do Bahia hoje. O fracasso de cada um não é só o fracasso do Bahia, é o fracasso também da carreira de cada um", pontuou Guilherme Bellintani.

Na 17ª colocação, o Bahia tem sete jogos para tentar se livrar do rebaixamento à Série B. A equipe volta a entrar em campo nessa quinta-feira (28), quando recebe o Corinthians, na Fonte Nova, em jogo atrasado da 30ª rodada do Brasileirão. Em caso de vitória, o Esquadrão pode deixar a zona.

“O que a gente vai procurar fazer, imediatamente, além de todo o resto que temos feito, que é tentar esforço financeiro para manter salário em dia, fazer premiação melhor possível, cumprir compromissos assumidos, é mexer com o brio, com o ânimo e alma de cada atleta para que ele leve isso para dentro de campo. Mas eu também tenho procurado, e vamos procurar intensificar cada vez mais, que é a estrutura que o clube tem, a organização que o clube tem, o que conquistamos nos últimos anos, o corpo técnico que temos dentro da casa, a presença de presidente e vice-presidente no dia a dia, a proximidade que tratamos o problema. Isso também é determinante para superar as dificuldades. Não podemos achar que a única coisa a ser feita é mexe no brio dos atletas. Além disso, temos que reforçar toda a estrutura do clube, o que conquistamos nos últimos anos, a capacidade que conquistamos de ser superiores aos nossos adversários deste momento, seja em organização, seja em capacidade técnica do elenco, eu acredito nisso, para que, junto com toda essa organização, a gente faça com que o grande Bahia que conquistamos nos últimos anos seja determinante em um momento desse”, concluiu Bellintani.