Bellintani garante Roger em 2020 e maior investimento no futebol

Presidente tricolor falou sobre momento da equipe e negou racha no elenco

Publicado em 26 de novembro de 2019 às 15:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

Quatro jogos separam o Bahia do fim da temporada 2019, mas, nos bastidores, o tricolor já começou o planejamento para o próximo ano. Em entrevista ao Programa do Esquadrão, na noite de segunda-feira (25), o presidente Guilherme Bellintani falou sobre vários temas e garantiu que o técnico Roger Machado vai permanecer no comando do clube. Ele tem contrato com o Esquadrão até o fim de 2020.

"Roger segue em 2020 com toda clareza e dedicação, um treinador que se envolve, quer aprender e avançar, e tem uma experiência enorme dentro e fora de campo. Roger permanece em 2020. Está discutindo conjuntamente o planejamento", afirmou Bellintani.

Mesmo com o Bahia em declínio na reta final do Brasileirão e sem vencer há oito jogos, Bellintani elogiou o trabalho do treinador. Roger chegou ao clube em abril e conquistou o Campeonato Baiano. Com ele, o time alcançou as quartas de final da Copa do Brasil e ficou na parte de cima da tabela do Brasileirão durante quase toda a Série A.

"O bom de ter um profissional do nível de Roger é olhar no olho e saber onde está errando. O projeto é coletivo. Tem erro e acerto de Diego (Cerri, diretor de futebol), de Roger, do presidente, dos jogadores. A gente coloca tudo na mesa. Todos os projetos que dirigi na minha vida, coloco todo mundo na mesa para discutir o que queremos, a forma de fazer. Depois de cada entrega, a gente volta, discute onde errou. Coletividade é isso. Se você errou, você é cobrado por isso. Jogadores estão sendo cobrados. Só não vou chamar de irresponsável, de moleque, porque não é verdade. A doença do Bahia não é malandragem. É desconcentração, falta de emocional, despreparo técnico. Eu tenho que cobrar a entrega que eles têm que ter", explicou o dirigente.

Sobre os planos para a próxima temporada, Guilherme Bellintani afirmou que o futebol profissional vai receber um aporte financeiro maior do que foi em 2019. Bellintani, no entanto, fez ponderações e afirmou que o clube não pode colocar a 'corda no pescoço'.

“O que queremos é um elenco mais pujante, mais preparado, com mais orçamento, coisa de 10%, 20%”, disse ele, antes de completar: "Mas repito: não esperem de uma hora para outra um crescimento de investimento irresponsável e, no fim, não conseguir pagar conta. Eu não vou fazer isso. Pensar grande está certo. Pensar maior do que a capacidade financeira lhe dá não pode. Muitos exemplos estão aí. Não vou deixar essa marca no Bahia, não vou fazer isso com o clube que eu amo, não foi o projeto que me elegeu. Entre 10% e 20% a mais de investimento no futebol".

Avaliação Mesmo traçando o planejamento da próxima temporada, Guilherme Bellintani também falou sobre a queda de rendimento que o Bahia teve neste segundo turno do Brasileirão. Ele explicou que não há racha no elenco ou insatisfação por premiações.

"Momento mais difícil dos últimos meses. Triste e ruim. Infelizmente, no futebol, a gente busca um fato objetivo e, às vezes, ele não existe. Muita gente falou em questão de premiação, de cansaço, de falta de alternativa tática. O que a gente vê hoje é que, depois do jogo do Ceará, que a gente estava ganhando, naquele momento em 5º lugar, tomamos dois gols muito parecidos, jogo atípico. A partir dali, o time não foi o mesmo. Perdeu intensidade, perdeu concentração, falhas coletivas e individuais. Fato é que oito jogos sem vencer é muito para a nossa história. É muito ruim", analisou o gestor.

"O que posso dizer, com toda franqueza, é que não há nenhum dos problemas listados. Hoje o clima é muito positivo, apesar do resultado ruim. Ontem (domingo) a gente tinha certeza de que iria vencer, pelo clima no vestiário. Fizemos um início ruim, tomamos dois gols em 12 minutos. Clima de muita tristeza no fim do jogo. Todo mundo querendo dar alegrias. Ninguém acha que está com crédito, que está com tudo pago. Todo mundo sentindo que poderia mais. O que aconteceu foram falhas individuais sucessivas e perde de controle emocional. Mas o clube se mostra grande nesses momentos difíceis", continuou.

"Não há racha no elenco, não há premiação não cumprida. Ela (premiação) foi proposta pelos atletas. Eles fizeram uma proposta e nós entramos com uma contraproposta, que logo foi aceita. Negociação foi muito rápida", finalizou o presidente tricolor.