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Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2021 às 22:35
- Atualizado há 2 anos
Quase a população inteira de Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia: essa é a triste e inacreditável marca que o Brasil acaba de ultrapassar, rompendo a barreira dos 600 mil mortos por covid-19 em pouco mais de um ano e meio de pandemia.>
A má notícia foi concretizada no boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (8), e mostra que o Brasil registrou, em 24h, 615 novas mortes provocadas pelo novo coronavírus. Com isso, o país chegou a 600.425 vítimas fatais da pandemia – a população de Feira, segundo estimativa do IBGE, era de 619.609 no ano passado.>
A confirmação das mais de 600 mil vítimas ocorre num momento em que a pandemia está em desaceleração no país. A média de mortes diárias ainda continua alta, em 438 registros, que é o terceiro maior do mundo (só atrás de EUA e Rússia), porém o menor número desde novembro do ano passado.>
A desaceleração pode ser observada no tempo que a doença levou para causar mais 100 mil mortes no Brasil desde que o país atingiu a marca de 500 mil óbitos: foram 111 dias, o dobro dos 51 dias que o país levou para passar de 400 mil para 500 mil óbitos.>
Na ocasião, morriam em média 2 mil brasileiros a cada dia (mais de quatro vezes a média atual). Em abril deste ano, pior momento da pandemia, a média passou de 3 mil vítimas diárias.>
Acompanhe a evolução em números:Morte número 1: 12/3/2020 100 mil mortes: 8/8/2020 (149 dias depois) 200 mil mortes: 7/1/2021 (152 dias) 300 mil mortes: 24/3/2021 (76 dias) 400 mil mortes: 29/4/2021 (36 dias) 500 mil mortes: 19/6/2021 (51 dias) 600 mil mortes: 8/10/2021 (111 dias) O país também mantém a marca de ser o que mais registrou vítimas da pandemia em 2021 no mundo: já foram registradas 405 mil mortes no ano, mais do que Estados Unidos e Índia e quase o mesmo que todos os 27 países da União Europeia somados.>
No levantamento desta sexta, foram 18.172 novos casos da doença registrados no sistema de monitoramento do Ministério da Saúde. No total, o país registrou até o momento 21.550.730 casos de infecção pelo novo coronavírus. O informativo também traz os dados sobre óbitos em decorrência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que somam 3.127 casos e que estão sob investigação de órgãos competentes.>
O Brasil tem 285.032 casos ativos de covid-19 em monitoramento. O número diz respeito a casos diagnosticados que estão sob supervisão médica ou em isolamento.>
O número de recuperados também atingiu um nível inédito. São 20.665.273 casos, o que corresponde a 95,9% do total de infectados.>
Estados No topo do ranking de mortes por estado, estão São Paulo (150.630), Rio de Janeiro (67.029), Minas Gerais (54.944), Paraná (39.471) e Rio Grande do Sul (35.017). Os estados que menos registraram mortes por covid-19 foram o Acre (1.839), o Amapá (1.986) e Roraima (2.005).>
Na Bahia, são 26.909 óbitos confirmados desde o início da pandemia. No boletim da Sesab, divulgado no final da tarde desta sexta, são oito mortes e 705 novos casos. Até as 18h, a taxa de ocupação de UTI Covid adulto no estado é de 25%, com 183 leitos ocupados dos 721 disponíveis. Enquanto isso, a taxa de enfermaria adulto é de 21% de ocupação, com 143 internados e 691 leitos disponíveis.>
Vacinação Segundo mostra o painel nacional de vacinação, 246.835.990 doses de imunizantes ofertados pelo SUS já foram aplicadas. Destas, 149,21 milhões são relativas à primeira dose do ciclo vacinal, enquanto 97,62 milhões são referentes à segunda dose ou dose única. Já foram distribuídas para os estados 301 milhões de doses de vacina contra a covid-19.>
Repercussão Em nota divulgada na noite desta sexta-feira, a Anistia Internacional afirmou que desde o princípio da pandemia alerta que o Estado brasileiro tem “deveres constitucionais de garantir que brasileiros e brasileiras tenham seus direitos à vida e à saúde assegurados. É urgente que essas mortes que poderiam ter sido evitadas, sejam responsabilizadas.”>
“A Anistia Internacional Brasil e 16 organizações da sociedade civil estão à frente da campanha Omissão Não é Política Pública que exige que o Procurador Geral da República, Augusto Aras, não deixe impunes os possíveis crimes apontados pela CPI da Covid. E que todas as pessoas apontadas pelo relatório final da CPI sejam processadas judicialmente e devidamente responsabilizadas”, finaliza a nota. Com informações do G1 e Agência Brasil.>