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Campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos é iniciada em Salvador


 

É possível vacinar seu bichinho na Arena Fonte Nova ou na Praça do Sol, em Periperi; mais de 90 postos foram disponibilizados

  • Da Redação

Publicado em 17/08/2020 às 17:12:00
Atualizado em 07/05/2023 às 20:56:03
. Crédito: Foto: Jefferson Peixoto/Secom

A campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos começou nesta segunda-feira (17), em Salvador. A ação acontece das 8h às 14h, em 92 postos de saúde espalhados pela capital. Além disso, os agentes de combate às endemias vão percorrer, a partir de amanhã (18), os bairros com aplicação da vacina em unidades volantes. A campanha segue até o dia 17 de outubro e também funcionará no sistema drive-thru, a partir do dia 28 deste mês, das 9h às 16h, na Arena Fonte Nova e na Praça do Sol, em Periperi. Veja relação de postos logo abaixo.

Os donos dos animais devem utilizar máscara e respeitar as regras do distanciamento social ao se dirigirem aos postos de saúde. Os agentes também estão trabalhando usando EPIs. Os animais a partir de três meses de idade devem ser imunizados, exceto os que estiverem doentes. De acordo com o CCZ, cerca de 180 mil bichos devem ser imunizados na estratégia.

A vacinação é organizada pelo Centro de Controle Zoonoses (CCZ), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Vacinar o seu bichinho é importante para prevenir os animais e também seres humanos contra a raiva.

“Ao vacinar o animal, a pessoa estará protegendo o pet e também a sua família, pois estamos falando de uma zoonose que acomete todos os mamíferos e que é letal em seres humanos”, diz a veterinária do CCZ, Danielle Dantas.

Através de uma mordida, arranhão ou mesmo lambida é possível que um animal infectado transmita o vírus da raiva, que fica contido na saliva do bicho raivoso. O último caso de raiva humana registrado em Salvador aconteceu em 2004. Manter esse retrospecto positivo é uma boa ideia.

"É importante que, se houver agressão por parte de um animal, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar uma unidade de saúde o mais breve possível para realizar a profilaxia pós-exposição”, explica a veterinária

A vacina existe há mais de 100 anos e foi padronizada pelo cientista Louis Pasteur. Com as campanhas nacionais de vacinação para os animais, em 1973, houve uma redução drástica do número de casos da doença no país.

Sintomas O cão ou gato não vacinado evolui após um período de incubação de dois meses para um quadro inicial de prostração, ou seja, o bicho para de comer, beber água e sempre se esconde. Em seguida, evolui para os sinais clínicos, a exemplo inquietude, pupila dilatada, salivação excessiva, agressividade e rigidez dos músculos da mastigação. O vírus pode levar à morte.

“Qualquer mamífero pode contrair a raiva, principalmente no meio urbano, onde os cães e gatos são os mais susceptíveis. Com o aumento da presença de morcegos na área urbana, esses animais podem ter contato com os cães e gatos e transmitir a raiva”, informa a veterinária.

Em humanos, o vírus atinge desde o sistema nervoso periférico até o central. Os sintomas variam entre mal-estar geral, aumento de temperatura, náuseas, dor de garganta e alterações de comportamento.