Carrefour negocia acordo de R$ 120 mi em caso de homem negro morto por seguranças

Mercado já pagou indenizações milionárias a familiares

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  • Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2021 às 09:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Em comunicado enviado nesta quarta-feira (9), o Carrefour informou que está avançando nas tratativas junto às autoridades públicas e associações civis para chegar a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no valor de R$ 120 milhões, referente ao caso do homem negro morto por seguranças em uma unidade da rede, em Porto Alegre.

Com este TAC, o conglomerado do setor mercantil evita possíveis ações judiciais no futuro.

O caso aconteceu no dia 19 de novembro de 2020, quando João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado até a morte por seguranças no Carrefour. Seis pessoas respondem pelo crime na Justiça.

"Com esse acordo, os compromissos já assumidos pela Companhia e envolvendo o montante de R$ 120 milhões (já majoritariamente provisionados pela Companhia), a serem desembolsados ao longo dos próximos anos, em relação ao evento ocorrido", afirma o comunicado.

Em contato com o G1, o Ministério Público informou que o acordo ainda não foi assinado.

Em maio, o Carrefour anunciou a criação de uma cláusula antirracismo em contratos com fornecedores e prestadores de serviço. A empresa já havia encerrado a terceirização da segurança de seus estabelecimentos.

Indenizações a familiares No caso dos familiares, a viúva de João Alberto aceitou a proposta de indenização feita pelo Carrefour. Segundo o advogado de Milena Borges Alves, o valor pago é superior a R$ 1 milhão.

A empresa pagou outras oito indenizações aos demais familiares, entre eles o pai, filhos e a enteada de João Alberto.