Carros de cafezinho são um tesouro popular 

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  • Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2021 às 14:38

- Atualizado há um ano

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Complementando a ação que celebrou em março o aniversário de Salvador, o projeto “Salvador Vai de Cafezinho – Programa de Mobilização Social na Perspectiva da Salvaguarda dos Carrinhos de Café” (foto), exposição de fotografia, concurso e desfile dos carrinhos de café com premiações em dinheiro, voto público e Juri de especialistas e desfile no espaço Cultural da Barroquinha / Praça Castro Alves (sem público presencial e sem aglomeração os concorrentes, pela pandemia do coronavirus), será transmitido pelo You Tube da Fundação Gregório de Mattos e apresentado pela personagem Borra – Vendedor ambulante de cafezinho e comediante de stand up, interpretado por Alan Miranda.  Tradicionais de Salvador, os carrinhos de café viraram tema de projeto cultural (divulgação) A ideia do projeto “Salvador Vai de Cafezinho –Programa de Mobilização Social na Perspectiva da Salvaguarda dos Carrinhos de Café” nasceu nas rodas de bate-papo do projeto “Patrimônio É”, sobre patrimônio cultural material e imaterial da cidade de Salvador, promovidas pela Diretoria do Patrimônio, da Fundação Gregório de Matos. Em 2020, Edvard Passos mediou a mesa “Carrinho de Café: Patrimônio em Movimento”, com a participação do fotógrafo Roberto Faria e do museólogo Eduardo Fróes. 

Inspirado por esta experiência, Edvard Passos, que é diretor artístico do projeto, diretor teatral, mas também arquiteto, decidiu revitalizar a ideia dos concursos de carrinho de café de Salvador, incrementando o projeto com outras ações, em benefício dos “cafezinhos”.  

Para além disso, o realizador do projeto acredita que a cultura popular é um tesouro incalculável, especialmente numa cidade como Salvador, que sintetizou muitas experiências humanas vindas de toda parte do mundo. Edvard Passos é um artista que se declara muito motivado pelas criações do povo, como demonstram os projetos que já realizou no teatro, dedicado à obra de Jorge Amado e a outras personagens baianas.   

Há nos indivíduos um instinto de conservação para manter seu patrimônio. 

É uma oportunidade para estudiosos expandir investigações às diversas correntes chamadas ingênuas e suas possíveis relações com as chamadas normas cultas. No Brasil são poucos os ensaios que cuidam da arte primitiva, que na maioria das vezes fica a cargo dos antropólogos. Os produtos produzidos pela cultura popular ficam à margem das grandes cotações do mercado, mesmo tendo grande receptividade do público. 

A arte popular é a essência nativa do povo. 

Lutando contra essa indiferença, o que não chega a ser uma surpresa, num país altamente colonizado como o nosso, a arte popular tem motivos suficientes para ser representativa da nossa identidade cultural.