Casa de eventos clandestina é interditada após festa com 500 pessoas em Canabrava

Responsável pelo local, que já tinha sido notificado pela Sedur, fugiu depois da chegada da fiscalização

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  • Wendel de Novais

Publicado em 4 de junho de 2021 às 12:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Sedur

(Foto: divulgação/Sedur) Os casos de aglomerações na capital baiana não param de acontecer em um momento de alta nos índices da pandemia na cidade. Na noite desta quinta-feira (3), quando Salvador registrava 82% de ocupação dos leitos de UTI, mais uma festa que reunia pessoas sem uso de máscara ou qualquer respeito ao distanciamento social foi dispersada. Dessa vez, o registro foi no bairro Canabrava, onde 500 pessoas participaram de um evento clandestino com bandas e venda de bebidas alcoólicas, desrespeitando os decretos de combate ao coronavírus em vigor na cidade.

A casa de eventos, que foi interditada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) que encerrou a festa com o apoio da Polícia Militar (PM), está localizada na Rua Artêmio Castro Valente e já havia descumprido as regras de funcionamento outras vezes. De acordo com a Sedur, o órgão já havia notificado e autuado o responsável pelo estabelecimento para não realizar o evento e foi ignorado mesmo, que promoveu a festa de maneira irregular.

Orientações ignoradas

Ana Kelle Marques, subcoordenadora de fiscalização da Sedur, conta como estava o local, que não tem autorização para sediar eventos com ou sem aglomeração, na chegada da fiscalização. "Depois de denúncias, um fiscal foi mais cedo pra avisar. Quando começou o evento, voltamos ao local e nos deparamos com um ambiente fechado em que as maiorias das pessoas não utilizava máscara e encerramos a festa", relata a subcoordenadora, que informou que o dono do estabelecimento fugiu do local com a chegada da Sedur e da PM. 

Ainda de acordo com Ana Kelle, desde o início de abril, quando as atividades comerciais voltarão a abrir, casos como o dessa casa de eventos têm se repetido com mais regularidade. "As pessoas tendem a se aglomerar, principalmente, no fim de semana que houve um aumento em denúncias dessas irregularidades. Quando tem feriado, como foi o caso de ontem, também tem acontecido. E outros dias, a depender do bairro, também é comum. Na cidade baixa, por exemplo, segunda-feira é um dia complicado", explica.

Durante a interdição, a Sedur realizou também apreensões de equipamentos de som, mesas, cadeiras e caixas térmicas do local. De 4 de abril até 3 de junho, 189 aglomerações foram dispersadas em Salvador e 321 estabelecimentos precisaram ser interditados. Destes, 6 tiveram itens apreendidos. 

Em uma esfera estadual, de acordo com dados fornecidos pela PM, de 19 de fevereiro a 20 de maio, foram 1.397 encerramentos de aglomerações e 357 prisões em razão de descumprimento de decreto.

*sob supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro