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Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2019 às 17:28
- Atualizado há 2 anos
Pelo menos dez policiais militares invadiram o hospital para onde a menina Ágatha Vitória Félix, 8 anos, foi levada na madrugada do dia 21 de setembro, a fim de tentar levar o projétil que a matou. A informação é da Revista Veja. >
Apesar da pressão dos PMs, a equipe de médicos e enfermeiros de plantão no Hospital Getúlio Vargas, na zona norte do Rio, se recusou a entregar a bala, que posteriormente seria encaminhada para a Polícia Civil, responsável pelas investigações.>
A Delegacia de Homicídios está tentando convencer integrantes da equipe médica a prestar depoimento sobre a invasão. No entanto, profissionais que relataram o fato temem represálias. Os investigadores não conseguiram imagens da ida dos policiais ao hospital.>
Ainda segundo a Veja, testemunhas contaram que o tiro que atingiu Ágatha foi disparado por um PM, que tentara acertar um motociclista que passava pelo local. Segundo elas, diferentemente do que declarou a Polícia Militar, não havia troca de tiros na localidade da Fazendinha, no complexo de favelas do Alemão, no momento em que a menina foi baleada.>
A perícia feita na bala concluiu que não será possível compará-la com as armas dos PMs que estavam na favela – foi encontrado apenas um fragmento deformado do projétil.>
Na noite do dia 21, uma sexta-feira, Ágatha foi levada para uma UPA na própria Kombi em que estava ao ser atingida. Como seu estado de saúde era muito grave, a menina foi imediatamente transferida para o Getúlio Vargas num carro da PM.>
Dos 11 policiais militares que estavam nas proximidades do local em que Ágatha foi ferida, apenas dois aceitaram participar da reprodução simulada do crime, realizada na última terça (1º).>