Caso Atakarejo: grupos voltam a fazer protestos em rede de supermercados

Manifestação aconteceu na unidade Atakarejo da Avenida Caminho de Areia

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  • Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2021 às 19:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Rede Reprotai

Cerca de 50 pessoas de vários gupos da sociedade civil fizeram uma manifestação em frente ao supermercado Atakarejo da Avenida Caminho de Areia, na Cidade Baixa, em Salvador. O protesto, batizado de "Ato Nacional Contra a Falsa Abolição", foi motivado pelas mortes de Yan Barros e Bruno Barros, vítimas do caso Atakarejo no dia 26 de abril, após supostamente serem entregues a traficantes no Nordeste de Amaralina por segurança de uma das unidades do Atakarejo localizada na Região.

O grupo pedia justiça, celeridade nas investigações para que os fatos sejam devidamente apurados e explicados pela Justiça, autoridades e a própria rede varejista. Os manifestantes também mencionaram a operação policial que acabou na chacina de mais de 28 pessoas na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro.

O protesto foi organizado por pessoas da União de Negras e Negros Pela Igualdade (Unegro), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Distrital de Itapagipe, Associação de Moradores do Conjunto Santa Luzia, Instituto de mulheres Negras Luiza Mahin, Escola Comunitária Luiza Mahin, Casa de Oração Mariazinha, Rede Reprotai, Comissão de Articulação dos Moradores da Península de Itapagipe (CAMMPI) e o Fórum Nacional de Mulheres Negras.

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Também fizeram parte da manifestação a Associação Beneficente Educação Arte e Cidadania (ABEAC), Associação dos Moradores do Leblon, Clube de Remo Península, ICBIE, Adocci, Associação Internacional de Capoeira os Bambas do Sol Nascente, Biblioteca Comunitária Clementina de Jesus, Fórum Nacional de Mulheres Negras e o CRR.

Até o momento, 8 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na morte de Yan e Bruno, que eram sobrinho e tio. Eles foram entregues por seguranças do Atakarejo de Amaralina a traficantes da área depois de serem pegos furtando carne no estabelecimento. Os corpos foram achados na Polêmica, em Brotas.

Entre os oito presos, três são seguranças do supermercado e outros cinco eram traficantes de drogas. Ainda há uma outra pessoa foragida. Advogado do suspeito, Thalis Bizerra alega que o homem era responsável por aferir a temperatura das pessoas na entrada do supermercado e está recebendo ameaças.

De acordo com o advogado, as  intimidações são pelo fato de ele ter ajudado a conduzir tio e sobrinho para uma sala do supermercado e depois presenciado toda a dinâmica de entrega das vítimas ao tribunal do tráfico.