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Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2021 às 20:48
- Atualizado há 2 anos
O Ministério Público (MP) da Bahia recebeu, nesta sexta (7), os pedidos de medidas cautelares do inquérito policial que apura o assassinato de Bruno Barros da Silva, 29 anos, e Ian Barros da Silva, 19 anos, encontrados mortos, após acusação de furto em um supermercado da rede Atakarejo, no bairro de Amaralina. O MP se manifestou pelo pedido de prisão preventiva dos envolvidos na execução do crime, e também dos funcionários da rede Atakarejo, por segundo o MP, "terem contribuído com o desfecho trágico". Na manifestação à Justiça, o Ministério Público pede ainda busca e apreensão de aparelhos celulares, instrumentos telefônicos, telemáticos, eletrônicos, imagens de câmeras de segurança e de todos os elementos que possam contribuir com a apuração.O caso>
Os corpos de Bruno e Ian foram encontrados, no dia 26 de abril, no porta-malas de um carro com marcas de tortura e de tiros, e foram identificados pela polícia. Segundo os familiares das vítimas, após serem supostamente acusados de furto no supermercado, os dois teriam sido entregues a traficantes por funcionários do estabelecimento. >
“Ficamos sabendo que um gerente chamou os traficantes da área, que botaram os dois na mala de um carro. Se eles estavam roubando, tinham que chamar a polícia, e não fazer isso”, disse uma das familiares dos rapazes, enquanto aguardava a liberação dos corpos no Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues, no último dia 27.>
Fotos que circulam nas redes sociais mostram tio e sobrinho em três momentos. O primeiro logo após eles terem sido flagrados roubando carne na rede de supermercado. Os dois estão agachados numa área interna do estabelecimento, ao lado dos produtos que teriam sido furtados e de um homem, apontado como segurança da loja.>
O segundo momento mostra tio e sobrinho sentados numa escadaria do Boqueirão. As últimas fotos mostram os corpos, ambos com os rostos deformados por conta dos disparos. Uma testemunha diz ter visto dupla ser entregue a homens armados após tortura em mercado. Nesta quinta (7), o Atakarejo anunciou o afastamento dos seguranças até o fim das investigações. >