Caso Daniel: Aproveitando 'fama', Allana Brittes vira influencer e abre loja virtual

Aos 18 anos, jovem já acumula 75 mil seguidores

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  • Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 14:33

- Atualizado há um ano

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Acusada pelo Ministério Púlico do Paraná (MP-PR) no assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas, Allana Brittes, aproveitou a "fama" para virar influencer. Ela, que é denunciada por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor, já acumula 75 mil seguidores no Instagram.

Enquanto espera julgamento no caso do homicídio, Allana reativou sua conta há 11 semanas. Nela, há postagens em em restaurantes e bares e muitos elogios nos comentários. Com a popularidade em alta, Allana até abriu uma loja virtual na mesma rede social, a Brittestore. 

Ela, a mãe, Cristiana Brittes e outros réus conseguiram na Justiça autorização para permanecer em liberdade até o julgamento. Apenas o pai de Allana, Edison Brittes continua preso. Allana foi a primeira dos réus a obter o direito de responder em liberdade pelo crime, em 7 de agosto deste ano.

Relembre O jogador Daniel foi encontrado morto, em 27 de outubro do ano passado, na Colônia Mergulhão, área rural de São José dos Pinhais, com sinais de tortura e com o órgão sexual mutilado. O empresário Edison Brittes Júnior, que confessou ter matado o jogador, alega que o atleta tentou estuprar a esposa Cristina Brittes. 

O crime aconteceu depois da festa de 18 anos de Allana Brittes, filha de Edson e Cristiana, na casa da família. Segundo a investigação, Daniel tirou fotos ao lado da esposa do empresário, no quarto do casal, antes do crime. 

Tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público do Paraná afirmam que não houve tentativa de estupro. A acusação afirma que não encontrou elementos que sustentem a versão de que Cristiana tenha sido atacada pelo jogador.

'Não morreu de graça' A jovem Allana, ao deixar a prisão, concedeu uma entrevista ao SBT e defendeu a família no caso. Ela acusou o jogador Daniel de ser o responsável pela própria morte. Alana disse ainda que a mãe não chamou o jogador para o seu quarto.

"Minha mãe nunca deu liberdade nenhuma para o Daniel. Ela nunca trocou uma palavra com ele, ela nunca deu essa liberdade para homem nenhum, foi sempre apaixonada pelo meu pai. Ela disse que sequer sabia como era a voz dele e que não sabia porque ele fez isso", afirmou a jovem.

Depois de beber, Daniel entrou no quarto, tirou a roupa e deitou ao lado de Cristina. Ele fez fotos ao lado da mulher, que dormia, e enviou para amigos. Edison flagrou a cena e começou a agredir o jogador, de acordo com a versão da defesa.

"Sai correndo, desci a escada e no pé da escada encontrei minha mãe chorando pedindo ajuda. Quando entrei no quarto, vi meu pai segurando o Daniel pelo pescoço em cima da cama. Ele estava de cueca, de camiseta, meu pai me disse: 'ele estava na cama tentando estuprar sua mãe'", disse Allana.

Para Alana, o jogador não era vítima. "Ele não foi a única vítima, no meu ponto de vista. Para mim a minha mãe foi a maior vítima. Ela estava dormindo na cama dela, no quarto dela e, se uma mulher não tiver privacidade, paz na própria cama, na própria casa, não sei onde vai ter", ressaltou Allana.

Ela disse ainda que sempre vai estar ao lado do pai. "Eu procuro não pensar. Sempre vou vê-lo como meu pai, que fez tudo para mim por 18 anos. Vou estar sempre do lado dele. Eu não condeno, eu sei que ele não procurou isso. O Daniel procurou isso, ele foi sem ser convidado, entrou no quarto da minha mãe, importunou ela enquanto estava dormindo. Ele não morreu de graça, ele procurou isso."

A jovem garantiu que o pai se arrependeu do crime e disse que sua família foi destruída. "Penso que a família dele não tem nada a ver com os erros dele, não tem culpa de nada e entendo a dor. Só que a minha família também foi destruída, assim como a dele. Não tenho vida mais, a minha vida acabou lá. A minha vida é a minha família, hoje estou sem eles."