Caso Hulkinho: delegado diz que venda casada de sexo e drogas é comum no DF

Homem foi preso por tráfico, mas foi liberado após audiência de custódia

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  • Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2021 às 15:52

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O modus operandi do homem conhecido como Hulkinho do Tráfico, preso por venda casada de drogas e sexo em Brasília esta semana, é comum na região central de Brasília, de acordo com o delegado Gleyson Gomes Mascarenhas, responsável pela investigação. 

Jean Ferreira Leal, 27 anos, foi preso em flagrante na terça-feira, foi solto no dia seguinte, após audiência de custódia, e responde em liberdade após decisão judicial. As informações são do jornal Extra.

A investigação, que durou cerca de um mês e comprovou que Hulkinho vendia cocaína e drogas sintéticas a clientes de alto poder aquisitivo durante encontros sexuais, não é a única que apura esse tipo de crime no Distrito Federal.

"Várias pessoas são investigadas aqui na delegacia. Esse tipo de comércio ficou bem comum aqui por causa do alto valor arrecadado. É um tipo de venda de droga mais seguro, que não é feito em esquinas. Já foram presos outros garotos e garotas de programa", afirmou Mascarenhas.

O delegado disse ainda que “novas pessoas com certeza serão presas” baseadas em investigações de venda casada de sexo e drogas.

No caso específico de Jean Ferreira Leal, o delegado contou que ele agia individualmente, mas que conhece outras pessoas que atuam da mesma forma e que estão sendo monitoradas pela delegacia.

Além de Hulkinho, o seu fornecedor, um homem de 22 anos que foi preso na mesma ação policial, foram soltos nesta quinta e respondem em liberdade. Segundo decisão judicial, ele deverá ficar em casa das 20h às 6h todos os dias da semana, está proibido de mudar de endereço sem comunicar previamente ao juízo competente e não pode se ausentar do Distrito Federal por mais de 30 dias sem comunicar à Justiça.

De acordo com a Polícia Civil, o garoto de programa também comercializava drogas em festas direcionadas ao público LGBTQIAP+, para outros garotos e garotas de programa e por meio de aplicativos de mensagens.

Outro caso A venda casada de drogas e sexo também levou a ex-capa da Playboy Flávia Tamayo, conhecida como Pâmela Pantera, a ser presa pela Polícia Civil do Distrito Federal (DF) em julho do ano passado.

Ela foi condenada a oito anos de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico e também tinha como público alvo clientes de alto poder aquisitivo. No caso de Tamayo, cada programa regado a cocaína e haxixe saía por R$ 1 mil, o dobro do valor pago sem drogas.