Cinco mulheres 'contratadas' por facção para levar celulares para presídios são presas 

Mulheres levavam objetos nas partes íntimas durante visitas

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  • Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2018 às 10:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Cinco mulheres 'contratadas' por uma facção para levar celulares e drogas para presídios foram presas nesta quinta-feira (13) em Salvador durante operação do Ministério Público da Bahia (MP-BA). A ação busca reprimir a introdução de drogas e aparelhos celulares por visitantes em estabelecimentos prisionais baianos.

Denominada Operação Metatheria, a ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em conjunto com a Coordenação de Monitoramento e Avaliação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap).

No total, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nos estabelecimentos prisionais de Salvador e cinco mulheres foram presas temporariamente. Elas atuavam a serviço de uma facção criminosa com atuação no estado.   Os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária foram expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro da Capital contra internos de estabelecimentos penais de Salvador e Lauro de Freitas e de mulheres cadastradas como visitantes que atuavam para a facção criminosa. As drogas e celulares, segundo o MP-BA, eram transportados em cavidades do próprio corpo das visitas que adentravam os presídios.

"O objetivo do grupo com essas ações ilícitas era facilitar a comunicação de lideranças da organização criminosa com seus comandados e aumentar seus ganhos financeiros por meio de um rentável comércio de drogas no interior dos estabelecimentos penais. Com o cumprimento dos mandados de busca nas residências das visitantes e nas celas ocupadas pelos detentos, foram apreendidas drogas e materiais relacionados ao tráfico de entorpecentes, armas, aparelhos celulares, chips e escritos relacionados aos crimes investigados", informou o MP-BA, em nota.    A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e da Unidade de Monitoramento da Pena e da Medida de Segurança (UMEP) do MP-BA, além da Polícia Militar do Estado da Bahia, por meio dos Comandos de Policiamento Especializado (CIPE/Polo, CIRP e Patamo) e dos Comandos Regionais (Atlântico, BTS e RMS), que auxiliaram no cumprimento dos mandados.