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Com os campeões de 88, Bahia lança projeto de museu na Fonte Nova


 

Previsão é de que o equipamento seja inaugurado em dezembro

  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 19/02/2019 às 14:29:00
Atualizado em 19/04/2023 às 11:40:08
. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

A Fonte Nova vai ficar ainda mais tricolor. Na manhã desta terça-feira (19), o Bahia apresentou o projeto de construção do museu do clube. O equipamento será instalado dentro do estádio, no setor abaixo do mirante, e vai contar com um acervo com camisas, troféus, medalhas e artefatos que lembram a história do Esquadrão.

A data escolhida para o lançamento do museu não foi à toa. Hoje o clube comemora 30 anos da conquista do título brasileiro de 1988 - definido em 19 de fevereiro de 1989. Por isso, a cerimônia contou com a presença dos ex-jogadores que participaram da campanha histórica.

"O museu vai ser instalado em um espaço de 1.200m² dentro da Fonte Nova. Parte dele vai contar com exposição permanente e outra com exposições temporárias com temáticas específicas. Já estamos reunindo mais de mil peças sobre o clube. A gente aposta que esse museu vai ser mais um ponto turístico da cidade", explicou o presidente Guilherme Bellintani.

De acordo com o projeto apresentado pela direção do Bahia, ao todo o museu vai contar com nove salas fixas e um auditório para 50 pessoas. O clube projeta a exibição também de materiais em formato audiovisual e que permitam interatividade com o torcedor.

A previsão é que o novo local seja inaugurado em dezembro - o clube só poderá fazer intervenções no estádio a partir de agosto, após a Copa América, que será realizada de 14 de junho a 7 de julho -, mas o Bahia já está trabalhando no acervo. Em dezembro do ano passado, o tricolor lançou uma campanha de financiamento coletivo para recuperar alguns troféus. Outra parte do acervo será emprestada por torcedores.

O administrador Eduardo Medeiros, de 27 anos, é um dos torcedores que estão ajudando o clube. Junto com outros três colecionadores, ele mantém um acervo com mais de 700 camisas e outros artefatos que contam a história do Esquadrão.

"É um grande prazer colaborar com o Bahia. Uma instituição precisa preservar a sua história. O Bahia está optando por esse caminho no momento certo, um momento que está trazendo dignidade para os ídolos. Eu sou colecionador de camisas, chuteiras, medalhas, objetos que estão ligados à história do Bahia. Um item que eu tenho um carinho é a medalha de campeão baiano de 1931. É o único registro físico que se tem da primeira conquista do Esporte Clube Bahia", disse Eduardo.

Questionado pelo CORREIO, o presidente do consócio Fonte Nova Negócios e Participações S.A., Dênio Cidreira, destacou que, apesar do contrato entre Bahia e arena prever a construção do espaço, a possibilidade de fazer um museu não é exclusividade tricolor.

"É super importante para a Fonte Nova receber o museu do Bahia. Mostra o caráter multiuso do equipamento. Outros clubes também têm espaço para, se vierem a firmar contrato com a Fonte Nova, instalar um museu aqui dentro. Quem ganha é o povo da Bahia com mais opções de lazer e cultura", afirmou Dênio.

Parceria Além de apresentar o museu, o Bahia aproveitou para selar parceria com a Associação dos Campeões Brasileiros de 88. O grupo foi formado há três anos e reúne os atletas que conquistaram o bicampeonato brasileiro.

O ex-atacante Charles Fabian comemorou o resgate da história do clube. "Esse momento é único. Durante 30 anos muita coisa ficou esquecida, muita gente não valorizava, mas hoje a diretoria do Bahia está valorizando a nossa história, a história do clube. Tudo isso é muito gratificante", afirmou o centroavante do time campeão - e também ex-técnico tricolor em 2006, 2014 e 2015.