Comando Conjunto da Bahia faz desinfecção na Casa do Carnaval

Equipamento é boa alternativa para matar um pouco a saudade da folia

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 20:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Num cenário de vida normal, a este momento os tapumes e estruturas estariam erguidos, quem não é da folia se programava para deixar a cidade e quem tem carne e coração de carnaval já sentia que Salvador está diferente. Em véspera de Carnaval, a cidade fica ansiosa, dengosa, com cheiro e cor diferente esperando a hora da folia.  Nada disso aconteceu em 2021 e o que resta é se apegar às boas memórias: amores de praia que subiram serra, as músicas que cantam e encantam avenida, as histórias, a história da folia. E um bom lugar para ter esse oxigênio é a Casa do Carnaval, que nesta quarta (10) passou por uma ação de desinfecção junto ao Comando Conjunto da Bahia para tornar suas dependências ainda mais seguras para soteropolitanos e turistas.

O objetivo da ação é o de reduzir a probabilidade de contaminação pelo coronavírus entre os frequentadores do local. A ação foi executada por um efetivo de 15 militares do Grupo de Resposta Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR), que utilizaram quaternário de amônia: uma substância de alta eficiência desinfetante, que não prejudica a saúde humana e preserva as superfícies onde é aplicada. O procedimento garante uma proteção de até 60 dias contra o coronavírus e outros agentes contaminantes. Agente do NBQR aplica higienizante no corrimão da Casa do Carnaval (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Titular da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Fábio Mota explica que a pasta conta com o apoio do COmando Conjunto, que é formado pela Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira, para fazer essas ações que, além de fazer a higienização dos espaços, também servem para atrair e fidelizar turistas para a capital baiana durante o período carnavalesco - mesmo que neste ano a pandemia tenha impedido o carnaval.

Administrada pela Secult, a Casa do Carnaval conta a história da festa momesca e completou três anos de funcionamento no último dia 5.

Segundo Fábio Mota, cerca de 1000 pessoas passaram pela casa do Carnaval no último mês - uma média de cerca de 35 pessoas por dia de operação. São permitidas até 30 pessoas por vez no local e a permanência máxima é de 1h. Além disso, é obrigatório o uso de máscara e é proibido o consumo de alimentos e bebidas durante o período no local. Também estão suspensas temporariamente as visitas guiadas e o agendamento de visitas para grupos.

De acordo com Fábio Mota, os pontos escolhidos para receber a ação do Comando Conjunto são definidos a partir da quantidade de pessoas que circulam no local. Desde o ano passado, a ação já foi realizada em pontos como o Elevador Lacerda, Plano Inclinado Gonçalves, Ponta do Humaitá. Ainda segundo o secretário, a expectativa é de realizar a ação nos Farois da Barra e Itapuã durante as próximas semanas - mas ainda não há data definida.

"As ações de higienização mostram aos turistas que a cidade está segura no que diz relação à pandemia e isso incentiva as pessoas a frequentar a cidade. Junto a isso, nós também criamos uma campanha nas redes sociais chamando o turista da Bahia, do mercado interno para visitar a cidade. O turismo interno é fundamental nesse período", explica o secretário. Casa do Carnaval completou 3 anos de operação no dia 5 de fevereiro (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Na Casa do Carnaval, dá para ver em vídeo, áudio, barro e tecido a história carnavalesca soteropolitana que vai desde as origens do século 18 embaladas pelo afoxé na Praça Castro Alves, passa pela criação dos trios de Dodô e Osmar, pelo surgimento da axé music, transição entre a mortalha e o abadá e os instrumentos e vestes das maiores estrelas da música baiana. Tudo isso dentro de um roteiro que termina em um cinema interativo para se divertir e se sentir dentro da história da festa."A Casa do Carnaval faz com sucesso o resgate da maior festa de rua do Brasil e do Mundo. O maior acervo vinculado a carnaval está aqui. Para os saudosistas e pesquisadores, é um lugar muito interessante", diz Mota.O equipamento funciona de terça a domingo, das 10h às 16h. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia). Todos os protocolos sanitários devem ser seguidos na visita ao museu, incluindo distanciamento de 1,5 m em todos os ambientes. Além disso, só podem acessar a bilheteria quatro pessoas da mesma família. É realizada aferição de temperatura antes do acesso.