Como treinador, Geninho passou por 35 times e conseguiu 4 acessos

Veja mapa interativo com todos os clubes por onde o novo técnico do Vitória passou

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 20 de setembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Robson Mendes/CORREIO

A contratação de Geninho revela uma mudança radical no perfil de treinador do Vitória. Os quatro comandantes que passaram pela Toca do Leão nesta temporada tinham menos rodagem no futebol brasileiro. A soma do tempo de carreira em times profissionais de Marcelo Chamusca, Claudio Tencati, Osmar Loss e Carlos Amadeu - demitido na quarta-feira (18) - é inferior à experiência de Geninho, o novo técnico do rubro-negro.

Chamusca e Tencati têm 13 anos de estrada, seguidos por Osmar Loss, que teve uma experiência no Bragantino em 2015, voltou para a base e só subiu para os profissionais no ano passado, quando assumiu o Corinthians. 

Último demitido, Carlos Amadeu teve no Vitória a sua primeira experiência no time de cima. Números pouco expressivos quando comparados ao currículo de Geninho: com 35 anos de estrada, foram 34 clubes treinados. A maioria deles, em território nacional: foram 31 clubes no Brasil, divididos em 10 estados. No exterior, Geninho tem passagens por Portugal e Arábia Saudita.

É tanto lugar que dá até para elaborar um mapa. E foi exatamente isso que o CORREIO fez. Mais do que isso, também é possível conferir o estádio de cada um dos times e seus arredores. Alguns escudos estão sobrepostos, visualize melhor aproximando o zoom. 

Times como Santos, Bahia, Ponte Preta, Juventude, Atlético Mineiro, Corinthians e Vasco contaram com os serviços do técnico de 71 anos. No Nordeste, passou, além da dupla Ba-Vi, por Sport, Náutico, Ceará e ABC.

Será a quinta passagem de Geninho pelo Vitória. Ele trabalhou na Toca do Leão nos anos de 1994, 1995, 1998 e, mais recentemente, em 2011. Ao todo, são 53 partidas à frente do rubro-negro. Isso sem contar outras 22 pelejas que disputou como jogador: o ex-goleiro passou pelo clube em 1982. Geninho já passou por 35 clubes, como treinador (Arte: Morgana Lima/CORREIO) Acessos Em 2018, Geninho assumiu o Avaí na segunda rodada e terminou o campeonato na terceira colocação, com 61 pontos, em campanha que teve com ele 16 vitórias, 13 empates e 8 derrotas. O próprio Geninho já tinha conquistado um acesso pelo Avaí em 2014, Sport em 2013 e Paraná em 2000, quando foi campeão do Módulo Amarelo da Copa João Havelange.

O novo treinador rubro-negro tem passagem por seis dos 20 clubes que disputam esta edição da Série B. Além do Vitória, treinou também Guarani, Ponte Preta, Botafogo, Sport e Atlético Goianiense.

Caso resista à frente do Vitória até o final do ano, Geninho conseguirá igualar o número de jogos realizados por Marcelo Chamusca, primeiro treinador do clube no ano. Faltam 15 rodadas, com oito jogos em casa e sete fora.

Depois de Marcelo Chamusca, quem ficou por mais tempo na Toca foi Osmar Loss, com 10 jogos. Os outros dois sequer chegaram à décima partida: Carlos Amadeu caiu após o nono compromisso, e Claudio Tencati durou apenas sete.

O desempenho do Vitória no segundo turno é desanimador: quatro pontos ganhos em quatro partidas. Com o empate contra o Botafogo, o triunfo sobre o Vila Nova e as derrotas consecutivas frente a Guarani e São Bento, o clube ocupa a 15º colocação na competição, com 24 pontos.

Como a 23ª rodada ainda está em andamento, o time pode cair até 17º, na pior das hipóteses, e entrar na zona de rebaixamento antes do novo comandante estrear, terça-feira (24), às 21h30, contra o Atlético-GO, na Fonte Nova. Um dos adversários já ajudou: na noite de quinta, o Figueirense empatou com o Brasil de Pelotas por 2x2, fora de casa. Se vencesse, passaria o Leão.

Depois do Atlético, o time de Geninho terá pela frente outras duas pedreiras: Bragantino, fora de casa, e Sport, na Fonte. Ou seja: a sequência é composta por três equipes que estão no G4 da Série B. Um desafio e tanto para iniciar a nova caminhada.

*Com supervisão do subeditor Miro Palma.