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Conheça os deputados federais baianos campeões de gastos na Câmara


 

  • Jairo Costa Jr.

Salvador
Publicado em 24/08/2019 às 05:15:00
Atualizado em 20/04/2023 às 04:39:07
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Os 39 deputados federais eleitos pela Bahia em 2018 consumiram, de fevereiro até ontem cerca de R$ 7,3 milhões por meio da cota parlamentar, segundo informações fornecidas pela Câmara sobre os custos bancados com verbas públicas repassadas todo mês aos membros do Congresso. Da bancada, o maior volume de gastos foi apresentado por Félix Mendonça Júnior (PDT), com o montante de R$ 267,5 mil. Na sequência, vêm Daniel Almeida (PCdoB) e Uldurico Junior (Pros), cujas despesas somaram R$ 241,1 mil e R$ 236,8 mil, respectivamente. Em quarto e quinto, aparecem Arthur Maia (DEM), com R$ 229 mil, e Jorge Solla (PT), com R$ 226,1 mil.

Segunda fila Na lista dos que mais usaram recursos do chamado “cotão”, estão ainda Elmar Nascimento (DEM), Marcelo Nilo (PSB), Alex Santana (PDT),  Nelson Pelegrino (PT), Valmir Assunção (PT), Marcio Marinho (PRB), Antonio Brito (PSD), Bacelar (Podemos), Claudio Cajado (PP), José Nunes (PSD) e Ronaldo Carletto (PP), todos com gasto superior a R$ 200 mil.

Bloco da mão fechada Já o ranking dos deputados mais econômicos da bancada é liderado com folga por Igor Kannário (PHS), que usou apenas R$ 81,1 mil para pagar despesas extras relativas ao exercício do mandato parlamentar. O valor informado por Kannário, um dos  novatos da Câmara, foi cerca de três vezes menor que a soma de gastos dos dois campeões em uso do “cotão” da Câmara. Na ponta de baixo da tabela, estão ainda  Aldolfo Viana (PSDB), com R$ 117,2 mil; Paulo Magalhães (PSD), com R$ 120,5 mil, Zé Neto (PT), com R$ 138,5 mil; e Pastor Isidório Filho (Avante), com R$ 139,3 mil.

Divulgar, gastar e alugar Das despesas extras geradas pelos deputados do estado e custeadas pelos cofres públicos, os gastos com divulgação do mandato e as passagens aéreas consumiram a maior fatia do bolo de recursos do “cotão” em 2019. Juntas, as duas contas somaram cerca de R$ 3,3 milhões. Logo abaixo, aparecem os custos com aluguel de veículos (R$ 1,26 milhão),  manutenção de escritório de apoio (R$ 853,9 mil), combustíveis e lubrificantes (R$ 742,6 mil) , consultorias (R$ 726,7 mil), telefonia (R$ 213,9 mil), aluguel de aeronaves (R$ 93,2 mil) e alimentação (R$ 43,5 mil).

Fala, Rogério! Sobre as notas que revelaram a frequência dos deputados estaduais nas sessões ordinárias e extraordinárias realizadas este ano na Assembleia Legislativa, Rogério Andrade Filho (PSD) disse, por meio de sua assessoria de imprensa que, todas as suas faltas ocorreram por “cumprimento de agendas do mandato parlamentar no interior do estado”. Afirmou ainda que as ausências “foram prontamente justificadas na Secretaria Geral da Mesa”. Contudo, a informação não consta no registro de frequência divulgada no site da Casa.

Fala, Fabíola! A deputada Fabíola Mansur (PSB), por sua vez, alegou equívoco do sistema e garantiu que as faltas imputadas a ela também foram justificadas, já que estava em missão parlamentar na Bulgária e Minas.Entre 2014 e 2018, foram desvastados 18.270 hectares de Mata Atlântica, o equivalente a mais de 18 mil campos de futebol. E tudo isso sob os olhares tolerantes do governador Rui Costa Sandro Régis, deputado estadual e líder do DEM na Assembleia, ao citar dados da Fundação SOS Mata Atlântica sobre a redução do bioma na Bahia