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CORREIO busca conhecer mais histórias de mulheres forçadas ao confinamento; saiba como denunciar
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2021 às 11:19
- Atualizado há um ano
“Tá aí o que eu e outras domésticas passaram e passar por necessidade”, escreveu ao CORREIO uma empregada doméstica que ficou sem direito à própria liberdade, de março a dezembro do ano passado. A revelação aconteceu depois da reportagem sobre mulheres que eram obrigadas a uma quarentena forçada na casa dos patrões. “Graças a Deus me libertei”, comemorou. Você também é ou conhece uma empregada que esteja ou ficou confinada na casa dos chefes depois que a pandemia começou? Queremos saber suas histórias.
Os relatos podem ser enviados anonimamente para os seguintes e-mails: [email protected] e [email protected]. Também é possível falar conosco pelo WhatsApp 71 99983-3650. Os nomes serão mantidos sob sigilo pela publicação, como também serão ocultados quaisquer detalhes que possam identificar as mulheres que passaram ou passam por confinamento neste momento. Você pode nos ajudar a encontrar mulheres que estejam nessa situação, mas com medo de denunciar. Pode ser uma mãe, uma amiga ou uma conhecida ou até você que lê esse chamado e se reconhece como confinada.
As empregadas, muitas vezes, aceitam acordos abusivos por falta de opção. Caso não aceitem o acordo de ficar na casa dos patrões, podem ser demitidas. Alguns patrões têm alegado “medo de contaminação” e exigido que as funcionárias permaneçam numa espécie de quarentena forçada com eles. Em 2020, 106 mil pessoas empregadas em trabalhos domésticos - como as empregadas domésticas - perderam seus empregados na Bahia, o que intensifica o cenário de medo e apreensão. Mas, não há qualquer legalidade em qualquer acordo que prive uma funcionária da liberdade, reconhece o Ministério Público do Trabalho.