Copa América, a esperança do Vitória

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

Publicado em 6 de junho de 2019 às 10:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

A Copa América é a esperança que resta de dias melhores para o Vitória na sequência da temporada. Aconteça o que acontecer nos dois próximos jogos, contra Sport e Oeste, a pausa é o melhor que pode ocorrer para o rubro-negro no momento. 

Há muitos times tecnicamente fracos na atual Série B, e o Leão é um deles. Não há novidade, trata-se de uma constatação óbvia inclusive. A crise financeira causada pelo rebaixamento ecoou na formação do elenco, que já era carente de boas peças em 2018, por causa de uma sucessão de escolhas erradas, e piorou em 2019. Seja com Ricardo David ou Paulo Carneiro, as contratações feitas pelo Vitória no ano deixam a desejar.

Direto ao ponto: o time é ruim, fato. Mas há times ruins que são bem montados taticamente e que os jogadores sabem o que precisam fazer em campo, mas não conseguem por limitação. Não é este o caso do Vitória. 

Ao ver o Leão jogar, a impressão que se tem é que os atletas não sabem ainda qual é a escolha certa e qual a errada a tomar. Há pouco repertório de jogadas ofensivas a serem tentadas, de triangulações planejadas, de estratégia defensiva. O que Capa vai fazer quando tiver a bola? Vai procurar quem para fazer uma jogada de ultrapassagem? Quem vai ajudar os três volantes na construção das jogadas? Qual vai ser o posicionamento do centroavante quando a bola não chegar? Quem vai encostar para jogar com ele? O time ainda não encontrou essas respostas. 

Aí entra o copo meio cheio e meio vazio. A visão pessimista é que, além de tecnicamente, o time deixa a desejar também taticamente, o que é verdade. A visão otimista é que, embora esteja na penúltima posição da Série B, existe muita margem para evoluir – pelo menos taticamente -, o que também é verdade.

Evolução tática se conquista com treinamento, o que demanda repetição e tempo. Com apenas 15 dias no clube, Osmar Loss ainda não teve um nem outro. Por isso, parar o campeonato por um mês em função da Copa América é o melhor que pode acontecer para o Vitória. Tempo imprescindível para ensaios. 

A dificuldade do elenco está no passo anterior ao da execução. Ainda é preciso encontrar um modelo de jogo em que o time se sinta confortável e confiante; em que os jogadores saibam o papel de cada um, individual e coletivamente, na hora da partida; em que a equipe ganhe um repertório que hoje não tem.

Esse é o tamanho do desafio de Loss. Mesmo depois da Copa América, ele não terá como cobrar dos atletas atuações acima da média, até porque o clube não oferece material humano nem tem dinheiro para contratar jogadores de carreira consolidada e boa forma na Série A. Pelo contrário: o elenco é, em sua maioria, de atletas que precisam fazer uma boa temporada para conseguir dar o primeiro grande salto na carreira. 

Porém, Osmar Loss terá tempo para dar um padrão ao time. O torcedor rubro-negro vai entender se o Leão não se tornar brilhante – quem tem ido ao Barradão sabe que nem dá para esperar isso agora. Quer, no entanto, um conjunto arrumadinho e determinado, que seja honesto com a camisa do Vitória e faça uma campanha digna na Série B. Não é pedir demais.