Coronavírus: veja onde e como fazer o teste na Bahia; rede privada cobra até R$ 400

Mesmo com decisão da ANS, planos de saúde não cobrem exames para vírus na maioria dos hospitais particulares

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  • Gabriel Moura

Publicado em 13 de março de 2020 às 13:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: AFP

Tanto a rede privada quanto a pública estão capacitadas para a realização de testes para a detecção do Covid-19. No caso dos hospitais estaduais e municipais o exame é realizado de forma gratuita e encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Já os laboratórios e centros médicos particulares cobram até R$ 400 para a realização da análise.

Em Salvador quatro hospitais públicos estão habilitados para receber os pacientes. São eles: Couto Maia, que é a referência para os casos graves, Hospital Geral do Estado (HGE), Roberto Santos e Octávio Mangabeira. Segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), por conta do número limitado de leitos, apenas os casos graves permanecerão internados.

A rede municipal de Salvador ainda não possui um centro capacitado para receber os pacientes. Apesar disso, quem tiver algum caso suspeito pode procurar algum posto de saúde ou Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) que receberá os primeiros cuidados e, em seguida, será transferido para alguma unidade preparada.

Segundo a Sesab, a Bahia possui três casos confirmados de coronavírus, todos em Feira de Santana. Já os casos suspeitos superam a casa dos 60.

Rede particular contraria norma No último dia 10, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que os planos de saúde arquem com os custos do exame para a detecção do coronavírus. Apesar disso, apenas o hospital Português, dentre os contactados pelo CORREIO, repassa os custos para os convênios.

O CORREIO entrou em contato com os seguintes hospitais na manhã desta sexta-feira (13): Aliança, São Rafael, Português, da Bahia e Santa Izabel. Destes apenas o São Rafael informou o valor cobrado pelo teste de forma particular, R$ 210. Já o Aliança não realiza o exame, fazendo apenas a coleta e encaminhando-a para o Lacen.

Já em relação aos laboratórios, os valores cobrados variam de R$ 295, pelo Laboclin, a R$ 400, pelo Sabin, na modalidade domiciliar. Nenhuma das empresas realiza o exame dentro da unidade, sendo ele feito apenas sob prescrição médica e dentro de algum hospital ou na casa do paciente.

O Sabin, com valor mais caro, cobra R$ 350 para o teste feito no hospital. Se realizado em casa, existe uma taxa extra de R$ 50. No Spalazanni o custo é R$ 340 para ambas as modalidades. Mesmo procedimento adotado pelo Leme (R$ 280) e DNA (R$ 300). O CORREIO conseguiu esses valores ligando diretamente para a recepção das unidades e buscando informações.

Kit diagnóstico da Fiocruz Uma outra forma de detectar o vírus deve chegar à Bahia em breve. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está produzindo um “kit diagnóstico” para todo o Brasil. A expectativa é de que sejam produzidos ao menos 30 mil em um primeiro momento. Os laboratórios da instituição têm condições de fazer cerca de 20 mil novos kits em uma semana, a depender da demanda do Ministério da Saúde.

A novidade deve chegar à Bahia até a próxima semana. Por enquanto, está sendo realizado um programa de capacitação na unidade da Fiocruz no estado para que ela seja capaz de produzir as suas próprias unidades.

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*Com orientação do chefe de reportagem Jorge Gauthier