Crédito acessível, adequado e orientado

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  • Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Preservar a vida e a saúde das pessoas. Essa é a prioridade do momento. É preciso continuar seguindo as recomendações das autoridades de saúde para evitar a propagação da covid-19, o que inclui medidas de distanciamento social. Mas, enquanto passamos pela chamada “primeira onda”, precisamos planejar os próximos passos.

Temos ciência dos impactos negativos, já evidentes na atividade econômica, principalmente nos pequenos negócios. Essa “segunda onda” vai exigir de todos resiliência dentro de um novo tempo, pois entendemos que nada será como antes.

É sempre importante salientar a expressividade das micro e pequenas empresas: são 98,2% de todos os empreendimentos existentes na Bahia e responsáveis por mais de 50% dos postos de trabalhos formais no estado.

Os que resistem à crise precisam de alternativas para ganhar fôlego e achar caminhos para se recuperar quando as rotinas forem retomadas. Uma alternativa apontada por muitos empresários nesse momento é a aquisição de linhas de crédito.

É importante que o crédito adequado, com condições apropriadas de taxas, prazos e garantias, chegue rápido. Mas sabemos que existem dificuldades de operação do sistema bancário, especialmente em contextos de crise, quando a oferta retrai por conta do risco de crédito, já que as empresas exibem menor saúde financeira.

Cabe aos órgãos reguladores do Sistema Financeiro Nacional a edição de regulamentações específicas para que haja maior flexibilidade operacional para os agentes financeiros. Algumas resoluções  do Bacen acenam para possibilidades como a oferta de garantias federais para os bancos alavancarem as operações e a instituição de linha de crédito especial com recursos dos fundos constitucionais.

Discute-se também a possibilidade de agências de fomento estaduais operarem com os fundos constitucionais, o que permitiria a essas instituições aumentar sua capacidade operacional,  ajudando na expansão do crédito. Outra alternativa, cogitada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é o Banco Central liberar empréstimos compulsórios diretamente para outros agentes financeiros, sem a intermediação bancária, como crédito digital, empresas de máquinas de cartão e aplicativos. 

As iniciativas são importantes, porém é preciso viabilizá-las de forma mais rápida para que o crédito chegue efetivamente na ponta, beneficiando os pequenos negócios que estão fechando as portas.

O Sebrae segue ao lado dos empreendedores nesse momento difícil, levando orientações e capacitações, online e gratuitas, para o melhor uso dos recursos financeiros de acordo com as especificidades da empresa. Na outra ponta, também seguimos à disposição da rede bancária e demais agentes financeiros para o estabelecimento de parcerias que possam beneficiar esse segmento tão importante para a nossa economia.

Jorge Khoury é superintendente do Sebrae Bahia

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