'Crianças e cães não devem ficar a sós', diz especialista em comportamento animal

Live da coluna Cãogaceiro, do CORREIO, traz outras dicas de segurança; assista 

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  • Alexandre Lyrio

Publicado em 26 de junho de 2020 às 17:02

- Atualizado há um ano

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Reprodução A tragédia que envolveu duas bebês recém-nascidas na cidade de Piripá, no sudoeste da Bahia, levantou diversas questões sobre a convivência entre cães e crianças. As bebês teriam sido atacadas e mortas por um cachorro da família.

O assunto inspirou uma live esclarecedora com o veterinário Rafael Ramos, especialista em comportamento animal da @caodeouro. Na entrevista, realizada pelo jornalista Alexandre Lyrio, responsável pela coluna do Cãogaceiro (@lampiaocaogaceiro), Rafael não só sugeriu o que pode ter motivado o ataque como tratou de forma geral sobre os riscos e cuidados que devemos ter quando se trata da convivência de cachorros e bebês.

Rafael Ramos afirma que cães e crianças devem estar sempre monitorados, ainda que se tratem de cachorros dóceis. "A criança não é vista pelo cachorro como um mini humanos. A forma de se comportar, de se movimentar de forma brusca, os cheiros e choros das crianças podem despertar o instinto de caça no animal". 

A adaptação de um e de outro, destaca Rafael, pode ocorrer desde a fase de gestação, inclusive com os cheiros e barulhos de brinquedos que serão usados pelo recém nascido. 

Após o nascimento, o trabalho deve continuar em todas as fases de crescimento da criança. "Muitas pessoas que têm filhos passam a deixar de lado o cachorro. Pois aí é que eu digo que ele vai precisar de atenção redobrada, com intensificação dos passeios, inclusive".