Cuidados com o elevador, veja como conter a ansiedade ao embarcar em um ascensor

Muitos usuários sentem receio ao entrar em uma cabine

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  • Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Na cidade que tem como cartão-postal, um dos ascensores mais famosos do mundo, o Elevador Lacerda, não falta quem tenha medo de usar esses equipamentos tão importantes para o dia a dia. O receio de ficar preso na cabine é uma maiores preocupações do analista contábil Maurício Barreto. “Trabalhei por muitos anos em prédios antigos e tive que conviver com elevadores que mais pareciam saídos de filmes de terror”, explica. “Algumas vezes fiquei preso com outras pessoas, houve uma ocasião em que fiquei preso por quase 40 minutos. Isso criou um certo medo que me persegue até em elevadores novos. Hoje sou um dos maiores fiscais de manutenção do elevador do prédio onde moro”, comenta, entre risos. 

A ausência de manutenção preventiva dos elevadores está entre os principais causadores do sentimento de falta de segurança nos usuários. De acordo com o coordenador de Serviços da filial Bahia da Thyssenkrupp Elevadores, Flávio Bispo, a tendência de descuido na prevenção tem incentivado a empresa a promover campanhas de conscientização junto às administrações de condomínio.  

“As peças de um elevador costumam ter vida útil de  50 a 100 anos, mas as revisões periódicas são fundamentais para o bom funcionamento do equipamento”, explica.  Segundo Flávio, é indicado que a cada 15 anos o elevador passe por um processo de “retrofit”, uma modernização que pode ser parcial ou total. “As pessoas precisam se conscientizar da necessidade de modernizar o elevador. Hoje  você encontra em Salvador cabines com portas pantográficas (sanfonadas), que tem maior propensão ao defeito”, diz.

Ele ressalta que, quanto mais velho o elevador, maior a insegurança que ele oferece aos usuários, por isso a importância de cuidar da manutenção, planejar a modernização e fazer o uso apropriado do equipamento. 

Cuidados

Para evitar acidentes ou acabar fazendo um mau uso dos elevadores, é importante ficar de olho em algumas normas. “Como usuário do equipamento, é fundamental observar se a cabine está bem nivelada ao parar no andar, evitar chamar várias cabines de uma só vez, tomar cuidado para não acionar os botões de subida e descida ao mesmo tempos e, principalmente, evitar movimento brusco, como um pulo, dentro do equipamento”, diz Flávio.

Se o elevador eventualmente travar com o usuário dentro, a sua recomendação é: “Mantenha a calma, acione a zeladoria e evite sair por conta própria ou com ajuda de pessoas que não são capacitadas. Além do suporte da empresa de manutenção, os bombeiros são treinados para efetuar esse tipo de resgate”.

Como aumentar a sensação de segurança

Escolha Ao definir uma empresa de manutenção periódica do elevador, cobre dela o registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), alvarás e documentos de regularização junto a órgãos competentes, plano de manutenção, seguro de responsabilidade civil e reposição de peças originais da fábrica.

Relatório Esteja atento ao checklist referente às características do equipamento e se a empresa está cumprindo as especificações.

Upgrade É recomendável que a cada 15 anos o equipamento seja modernizado total ou parcialmente. Lembre-se que, quanto mais antigo o elevador, menos seguro o equipamento tende a ser.

Utilização Por mais que se trate de um elevador moderno e que esteja com a manutenção em dia, os usuários devem seguir alguns cuidados para evitar problemas, a exemplo de  notar o nivelamento da cabine com os andares, não acionar os botões de chamada simultâneamente, bem como os de subida e descida,  e evitar movimentos bruscos dentro do ascensor. 

Calma Se ficar preso,  mantenha a calma, acione o botão de alerta ou utilize o interfone para comunicar-se com a zeladoria. Não tente sair da cabine por conta própria ou com a ajuda de pessoas sem treinamento para prestar esse tipo de socorro. O melhor é aguardar a chegada da equipe de manutenção do elevador ou de homens do Corpo de Bombeiros.