Dado Cavalcanti credita nova goleada a erros individuais e valoriza estratégia

Técnico tricolor explicou opção por proposta conservadora e garantiu colher 'coisas boas' da formatação

Publicado em 25 de julho de 2021 às 14:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

No meio do inferno astral vivido após três derrotas seguidas (duas por goleada em sequência), Dado Cavalcanti afirmou que conseguiu colher coisas boas da estratégia implementada contra o Atlético-MG. O tricolor levou 3x0 do Galo no Mineirão neste domingo, todos os gols sofridos na segunda etapa.

Na entrevista após o jogo, Dado reconheceu a fase ruim do Bahia e garantiu que esse período vai passar à medida que cheguem reforços e jogadores contratados possam começar a atuar. 

"O placar elástico de hoje se deu por uma condição de erros individuais que fazem parte do jogo, mas a estratégia não vou jogar tudo no lixo. (...) Ninguém está fechando os olhos para o momento de instabilidade, foram três resultados pesados, muito ruins, mas temos uma condição de evolução contra os próximos adversários, com mais jogadores chegando, em treinamento para que possam contribuir conosco. É um momento de serenidade, reflexão, mas que vai passar", afirmou Dado.

Além dos problemas na defesa (o Bahia sofreu 22 gols e tem o segundo pior registro do setor em todo o Brasileiro), o Bahia vem sofrendo muito para criar e atacar. Algo diretamente relacionado à saída de Thaciano, vendido para o futebol turco, e, principalmente, Daniel - jogador mais dinâmico e criativo do meio, que cumpre suspensão por conta da briga generalizada após a final da Copa do Nordeste.

"A condição técnica dos adversários que enfrentamos ultimamente tem que ser levada em consideração e há nossa dificuldade com a ausência de Daniel, mas existe principalmente a condição de quando a gente está sem bola. Diferente da semana passada com o Flamengo, entramos com uma proposta muito mais definida em relação a marcação e não dá para jogar tudo no lixo", disse o treinador.

Sem os dois, Dado tentou duas composições de meio-campo, mas não teve êxito em nenhuma das duas formas. Contra o Flamengo, optou por uma trinca com Patrick, Galdezani e Thonny Anderson: acabou goleado por 5x0. Contra o Atlético, foi mais conservador e o tripé formado por Patrick (que foi quase um terceiro zagueiro), Jonas e Lucas Araújo até conseguiu segurar o Galo no primeiro tempo, mas sucumbiu na segunda etapa.

Além disso, o Bahia também está penando para repor a saída do zagueiro Juninho, vendido para a Dinamarca. Desde a saída do antigo camisa 40, o Bahia sofreu 9 gols em 3 jogos. Seu substituto, Ligger, cometeu falhas graves contra Flamengo e voltou a pecar contra o Galo.

Questionado sobre as atuações do novo zagueiro, Dado preferiu desconversar e alegou não ser bom para o vestiário individualizar as responsabilidades.