Dado explica escolha por Ruiz e cita 'variáveis' contra o Guabirá

Bahia venceu rival na Bolívia e assumiu a liderança do Grupo B da Sul-Americana

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  • Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2021 às 22:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia venceu o Guabirá por 1x0, na noite desta quinta-feira (13), na Bolívia, e assumiu a liderança do Grupo B da Sul-Americana. Apesar do triunfo, o Bahia demorou para se achar na partida, e conseguiu poucas jogadas de perigo. O gol, marcado por Gilberto, só veio no segundo tempo, após uma etapa inicial sonolenta.

Após o duelo, o técnico Dado Cavalcanti foi questionado sobre a baixa produtividade da equipe e o placar magro. Ele apontou o campo como um dos fatores que atrapalharam o rendimento, além da dificuldade em 'virar a chave' depois da conquista do tetra da Copa do Nordeste, no último sábado (8)."Muitas variáveis estão expostas no jogo. Nós fomos campeões no sábado, foram dois dias de comemorações, festejos, celebrações. Apenas um dia de treino, de recomposição. A gente sabe que a mudança de chave é muito difícil. Soube que o Bahia nunca ganhou o primeiro jogo pós-título da Copa do Nordeste. Hoje, nós fizemos. Enfrentamos um adversário difícil, em um campo muito duro, com a bola muito viva. Essas são variáveis do jogo. Talvez existisse a expectativa, por parte da mídia, da torcida, de que, por termos vencido o primeiro jogo por 5x0, teríamos facilidade. Eu sabia que não. Foi um jogo jogado, lutado, como deve ser. Jogo de Sul-Americana. Jogo de dificuldades. O Independiente aqui sofreu muito. Venceu por 3x1, mas sofreu. O Guabirá vai fazer essa força no jogo contra o Torque, é natural. Jogo confrontado, de dificuldades. Não vejo nada de anormal pelo que aconteceu aqui hoje", comentou o treinador.

Para o jogo, Dado promoveu mudanças na equipe. Óscar Ruiz foi um dos titulares no ataque, ao lado de Rossi e Gilberto. Já Thaciano começou no banco. Segundo o técnico, a opção foi tática e, para ele, deu maior profundidade ao time.

"A formação inicial foi composta por uma troca, a saída do Thaciano, um meia de origem, e o posicionamento do Óscar Ruiz, um atacante. Prevíamos um sistema defensivo mais forte do adversário. Nossa construção não precisava de um jogador a mais. Patrick e Daniel poderiam dar conta, como deram. Tomei a iniciativa de colocar mais um homem à frente, Óscar. Iniciamos o jogo com praticamente três atacantes, três meias e só um volante na contenção. Perdemos em competitividade, mas ganhamos profundidade. Em vários momentos, tivemos os ataques à última linha com Óscar e Rossi. Criamos vantagem nessa ocasião, possibilidades de gol, desde o primeiro tempo. Mas houve um momento no segundo tempo em que foi preciso mudar o desenho. Optei por voltar com o Thaciano, mudando a caraterização da equipe", analisou Dado.

Com o triunfo, o Bahia chegou aos oito pontos, mesma quantidade do Independiente, mas o time brasileiro ultrapassou o Rei de Copas por ter melhor saldo de gol (6x4). Vale lembrar que apenas o líder avança para as oitavas de final. Dado comemorou a missão cumprida na Bolívia e já foca no próximo duelo, contra a equipe argentina, na terça-feira (18), às 19h15, no estádio Libertadores de América, em Avellaneda."Resultado conta muito. Variáveis foram determinantes para a performance. A principal delas é o adversário em casa. O Guabirá tem uma força maior aqui. Saio feliz, de cabeça tranquila, por termos jogado como deveríamos, por termos competido. Fizemos o placar, conquistamos o triunfo e hoje temos a liderança do grupo e vamos atrás da classificação", concluiu.