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Gabriel Rodrigues
Publicado em 6 de junho de 2021 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
O gol de Jonas, aos 40 minutos do segundo tempo, soou como um alívio para o Bahia no empate por 3x3 contra o Red Bull Bragantino, na noite deste sábado (5), no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.>
Naquele momento, o Esquadrão perdia o jogo por 3x2, depois de ter largado na frente e conseguido construir 2x0 ainda na primeira etapa. Por isso, apesar do ponto somado fora de casa, o gosto do resultado foi amargo. Logo após o duelo, o técnico Dado Cavalcanti não escondeu que o tricolor não fez um bom jogo.>
Dado reconheceu que, apesar de ter saído na frente com os tentos marcados por Gilberto, o Bragantino já era melhor na partida e pressionava o Bahia no campo de defesa.>
"Os dois gols aconteceram não foi por uma volúpia ofensiva, não foi porque agredimos o adversário ou tivemos a posse no campo do adversário. Mesmo com os dois gols feitos o adversário já tinha a superioridade. É um time muito intenso, muito veloz pelos lados do campo. Não podemos colocar na conta do pós-gols. Antes dos gols o Bragantino já era melhor, não será escondido por mim e não sinto nenhum peso em falar isso", disse o treinador.>
Um ponto analisado por Dado durante a entrevista foi a fragilidade defensiva e os erros individuais apresentados pelo Esquadrão durante o confronto. O treinador ligou o alerta para a quantidade e forma dos gols sofridos. No ano passado, a defesa foi o ponto fraco do tricolor, que terminou o Brasileirão entre os mais vazados."Tomar três gols em um jogo nós não podemos entender como algo normal ou natural. É importante fazer uma reflexão sobre como os gols foram tomados, são números expressivos, mas que eu vou tomar todo o cuidado possível para destrinchar como aconteceram os gols do adversário""Previamente eu tenho uma hipótese das dificuldades que enfrentamos no jogo de hoje, mas não vou me precipitar nesse julgamento. Temos o alerta sim e espero que isso não se repita no restante da temporada", afirmou. >
"Temos uma equipe técnica, que prioritariamente exerce uma imposição de jogo, uma equipe que joga, que se propõe a jogar desde o começo. No cobertor curto dessa equipe, para ter os jogadores mais técnicos em campo fatalmente a agente abre mão de uma agressividade maior defensiva", continuou.>
Questionado sobre as mudanças de posicionamentos dos atletas durante o jogo, o treinador explicou que precisou reforçar o lado esquerdo por conta das investidas do atacante Artur, mas a estratégia acabou fragilizando o lado direito, onde estava o garoto Renan Guedes, substituto de Nino.>
"Entendo que no primeiro tempo tivemos muitas dificuldades, houve muitos confrontos do Arthur com o Matheus Bahia, mas entendo também que o Matheus Bahia fez uma partida regular, ganhou boa parte das disputas. Tendo essa condição visualizada nós mudamos o desenho no segundo tempo. Coloquei o Thaciano na segunda linha para fazer uma dobra de marcação e neutralizar um pouco as jogadas do Arthur, que era o jogador mais agressivo", explicou Dado.>
"O Bragantino mudou de lado, faz parte do jogo, a briga de gato e rato, o nosso lado esquerdo ficou forte, mas o lado direito ficou um pouco mais vulnerável, onde o Guedes passou a ter os confrontos individuais. Isso faz parte do jogo. É o eterno cobertor curto, eu sempre falei isso, da busca de equilíbrio entre ataque e defesa. Acho que a nossa equipe é equilibrada, mas vamos sofrer um pouco como foi hoje", finalizou o treinador.>
Passado o jogo contra o Bragantino, o Bahia agora volta suas atenções para a Copa do Brasil. Nesta quarta-feira (9), o tricolor recebe o Vila Nova, às 19h, em Pituaçu, pelo jogo de volta da terceira fase. Como venceu a ida por 1x0, em Goiânia, o Esquadrão joga pelo empate para avançar no torneio nacional.>